Hampaté Bâ

da língua Ioruba Todos juntos como um só corpo, nada no mundo será contra mim, ou andar juntos, dificilmente seremos atingidos na nossa individualidade. Provérbio Iorubano Quando morre um velho é como se uma biblioteca inteira fosse incendiado(Hampatê Ba) “ Os velhos são os guardiões das tradições. As tradições são também obras literárias que sustentam as culturas.” Estamos falando das culturas tradicionais africanas, onde a maioria das obras literárias são tradições e todas as…

documentação e arquivos históricos da época colonial e pré-colonial doMali.jesus Letras Mali pertence ao campo da literatura francófona como Senegal e outros países africanos francófonos sensíveis às letras. Um de seus maiores expoentes é Amadou Hampaté Bâ, que se preocupou por retratar as fontes históricas tradicionais, fincando pé na figura dos griots que representam a persistência da mitologia e a simbologia local, como em L'Éclat/ da grande étoile (1974). Outros nomes importantes em…

poemas, contratos, documentos oficiais; b) relatos falados que passam de uma pessoa a outra; c) desenhos, esculturas, pinturas, fotografias; d) músicas e ritmos próprios da cultura de um povo de uma determinada época. 19) O estudioso Amadou Hampâté Bâ, nascido no Mali em 1900, disse a seguinte frase, em 1960, em uma sessão da Unesco: “Na África, cada ancião que morre é uma biblioteca que se queima”. Para ele, portanto, uma das formas de transmissão do conhecimento e preservação da…

Madison: The University of Wisconsin Press, 1994. PHILIPS, John Edward. Writing african history. Rochester: Univ. of Rochester Press, 2006. FAGE, John Donnelly. A evolução da historiografia da África. In: História Geral da África I, p. 1-22. HAMPATÉ BÂ, Hamadou. A tradição viva. In: História Geral da África I, p. 167-212.

Tradição Viva por Hampate Bá. As características da cultura tradicional africana, suas múltiplas facetas, a oralidade, mitologia, religiosidade e formas de expressão. in Introdução à Cultura Africana. Lisboa: Edições 70, 1977 “A escrita é uma coisa, e o saber, outra. A escrita é a fotografia do saber, mas não o saber em si. O saber é uma luz que existe no homem. A herança de tudo aquilo que nossos ancestrais vieram a conhecer e que se encontra latente em tudo o que nos…

senhoras do tempo antigo. [...] e ele vende-lhes esse sonho singelo. Ora, para perceber em que medida o contexto social é transformado na construção do genealogista Félix, suscitando a ironia do vendedor, é imprescindível relembrar as palavras de Hampaté-Bâ sobre tal indivíduo na contextura africana (1970, p. 211): Dizer genealogista é dizer historiador, pois um bom genealogista conhece a história, as proezas e os gestos de todas as personagens que cita ou, pelo menos das…

vestimentas, a culinária para que toda a sociedade conheça e valorize a cultura afro-brasileira. PALAVRAS-CHAVE: Acervos Culturais Afro-Brasileiros. Gestores da Informação. Educação Plural. "A África perde uma biblioteca quando um idoso morre” (Hampaté Bâ) Introdução Quando o termo educação é mencionado, geralmente, remete-se a um elemento capaz de garantir, especialmente às crianças e aos jovens, desenvolvimento cognitivo e discernimento, suficientes para sua integração no convívio…

articulação de uma intelectualidade islâmica, tanto da antiga como dessa nova procedência. Entre os mais conheci- O Pensamento Africano Sul-Saariano... 143 dos, encontram-se o economista senegalês Cheikh Hamidou Kane, o malinês Amadou Hampate Ba, que foi diretor do Instituto de Ciências Humanas de Bamaco, o senegalês Cheikh Touré e o sudanês Hasan al Turabi. Touré e Turabi são herdeiros do salafismo, o primeiro pelo lado dos Ulemás argelinos e o segundo pelo lado dos…

grupos étnicos africanos, que foram negligenciadas. Um exemplo disso foi relatado no livro Amkoulell, o menino fula do escritor africano Amadou Hampâté Bâ, nascido em Bandiagara, atual Mali, em 1900. Nesse livro, ao tratar da importância da preservação da memória oral, ele afirma: “Na África, cada ancião que morre é uma biblioteca que se queima.” HAMPÂTÉ BÂ, Amadou. Amkoulell, o menino fula. O escritor africano resgata a necessidade de se preservar a história oral do Mali como…

Utiliza-se este termo no sentido que lhe dá Amadou Hampaté Bâ (1980: 187ss). Para o autor, os “tradicionalistas” são os homens que seriam os grandes depositários da herança oral africana. Nas línguas africanas, costumam ser definidos como os “conhecedores”; seja por serem iniciados (e iniciadores) em um determinado ramo especifico (tecelaria, metalurgia, etc), seja por serem portadores de um conhecimento total da tradição local. Segundo Bâ, o ultimo caso é o mais comum, pois o…