Fichamento A acumulação capitalista e a mobilidade do trabalho - Jean Paul de Gaudemar

Fichamento do texto: GAUDEMAR, Jean-Paul de. A mobilidade do trabalho e acumulação do capital. Lisboa; Estampa, 1977, cap. 5, p. 180-211. I. A mobilidade da força de trabalho “É no capítulo I de O Capital que Marx define a mercadoria na sua tripla característica, valor de uso, valor de troca, presença no mercado retomando a tese clássica de Smith ao nível das designações. De Smith, ele retoma ainda a ideia que a utilidade é apenas a condição de existência do valor de uso de uma mercadoria. É no que diz respeito ao valor de troca que Marx se separa de Smith, pelo menos de sua última posição, dando a medida do valor ao equivalente trabalho obtido em troca de mercadoria.” (GAUDEMAR, p. 185) “Face à mercadoria, ergue-se assim a medida possível do seu valor, o quantum de trabalho necessário para produzir. [...] não se produz mais-valia; também não se produz se se trocam os não equivalentes. A circulação ou troca de mercadorias não cria qualquer valor. Daí resulta a introdução do conceito de força de trabalho: Para poder extrair um valor de troca do valor de uso de uma mercadoria, seria necessário que o possuidor do dinheiro tivesse a feliz possibilidade de descobrir no meio da circulação , no próprio mercado, uma mercadoria cujo valor de uso possuísse a virtude particular de ser fonte de valor-de-troca, de modo que consumi-la seria realizar trabalho e consequentemente criar valor. E o nosso homem encontra efetivamente no mercado uma mercadoria dotada…

No texto de Gaudemar ele começa conceituando que o trabalho socialmente necessário reduz-se a um simples dispêndio de força humana considerando em condições normais que dispendem de uma média aptidão e intensidade. E a força de trabalho complexa se reduz a força de trabalho mínima multiplicada. O valor agregado à mercadoria se compõe de acordo com o trabalho que foi feito para ser produzida, pois não se produz mais-valia porque a circulação da mercadoria não agrega valor a ela, para que…

própria luta pela sobrevivência de uma classe social historicamente expropriada de seus meios de produção. Deste modo, o trabalho como intercambiador da relação entre a sociedade e a natureza tende a se emoldurar segundo os padrões do modo de produção que se encontra em voga em determinados períodos históricos, como o sistema de produção capitalista no qual estamos inseridos desde o século XVI. Por se tratar da fase inicial da pesquisa, ainda não dispomos dos resultados concretos de base…

empresas intensificaram nas exigências referentes à qualificação profissional, sendo isto, um fator que impactou diretamente no processo migratório de pessoas que estão em áreas com menos recursos educacionais. Na definição clássica de migração, segundo a tradição marxista, a mobilidade da força de trabalho é uma condição necessária para a constituição do mercado de trabalho capitalista. O trabalhador tem a liberdade de vender a sua força de trabalho, liberdade positiva, pois a força de…

do capitalismo de absorção de produtividade de todas as massas da população, devido à intensa divisão trabalho, principalmente nos países periféricos, é a principal causa do aumento do numero de migrações internacionais. A gênese da teoria Marxista diz que, a acumulação do capital não leva ao equilíbrio, e sim a concentração de fatores capital trabalho e de renda em setores elevados da sociedade. Não enxerga a migração, portanto, como o principal elemento de organização do mercado, que…

instituições governamentais em tomar medidas para regularizar a situação, o ônus da acolhida ficou praticamente em sua totalidade por conta da sociedade civil, que por meio da Pastoral do Migrante, gerenciou esta questão, porém não contavam com condições estruturais e econômicas adequadas para prover-lhes, acarretando em uma crise humanitária em Tabatinga no Amazonas, final de 2011 e posteriormente em Brasiléia no Acre, no início de 2013. Depois de regularizada a situação nas cidades…

grande significado na vida das nações, as migrações internas são sempre historicamente condicionadas, sendo o resultado de um processo global de mudança, do qual elas não devem ser separadas. Encontrar, portanto, os limites da configuração histórica que dão sentido a um determinado fluxo migratório é o primeiro passo para o seu estudo” (SINGER, 1980). Em outra dimensão, a mobilidade da força será compreendida nas suas duas capacidades: de se adequar às exigências…

dificuldades de inserção no novo local. Essa necessidade é fomentada pelo capital, através de estratégias de coação, como a mídia, que estimula os trabalhadores à mobilidade a fim de suprir suas necessidades de produção. A circulação das forças de trabalho é o momento da submissão do trabalhador às do mercado, aquele em que o trabalhador, à mercê do capital e das crises periódicas, se desloca de uma esfera de atividade para outra; ou por vezes aquele em que se sucede o trabalhador ser…

que implicam diretamente na mobilidade de capital e da força de trabalho em diferentes partes do mundo. Este trabalho é apresentado em duas partes. A primeira trata das migrações internacionais no contexto atual. Autores como Hily, Martine e Patarra, assim como estudos da CEPAL indicam o crescimento dos deslocamentos a partir do final do século XIX, inclusive com o apoio e subsídios dos Estados – emissores e receptores. Entretanto, foi no final do século XX que as migrações…

vezes, pela trajetória do capital e determinada pelas modificações na organização e estrutura do sistema‖. E é esse papel que o espaço amazônico representa no âmbito dos movimentos migratórios, inserindo-se nessa dinâmica, o município de Barcarena. É necessário destacar que, os fluxos migratórios possuem uma relação estreita com a mobilidade do trabalho, que ainda tem no capital um fator de forte influência na migração das pessoas. Gaudemar (1977), autor do livro Mobilidade do…