Migra Es No Brasil
No Brasil, os processos de migração interna e internacional, foram de suma importância para a configuração do território nacional e da sociedade brasileira. No final do século XIX a expansão econômica do setor cafeeiro e os primeiros passos aos processos industriais, promoveram o início da interligação, ou integração, do mercado nacional que, até então, era fragmentado e mais regionalizado. Com este cenário as migrações internas não tinham nenhuma importância, uma vez que havia um grande fluxo de imigrantes estrangeiros se instalando no Brasil. Entre os anos de 1960 e 1980, no entanto, a migração interna foi de suma importância no processo de reestruturação da economia do Brasil já que, em decorrência ao processo de industrialização de São Paulo e do Rio de Janeiro, com o conseqüente crescimento econômico, os movimentos migratórios se concentraram nestas regiões.
A demanda das economias industriais mais importantes do país redistribuíram a população entre estados e regiões, reconfigurando as características da população, que passou a viver predominantemente em cidades de porte médio e grande (Brito, 2006). Podemos afirmar ainda que:
A partir dos anos 70 o Brasil começa a dar os primeiros sinais de um processo de desconcentração espacial, irradiado a partir dos centros da Região Sudeste (Braga apud Diniz, 1993). Com este cenário e, a partir desta época, os processos migratórios, no Brasil, deixam de ter o fluxo a partir da zona rural para a zona urbana e passam a se concentrar de zonas urbanas para zonas urbanas, de forma generalizada e predominante. Com isto, muda-se a idéia dos indivíduos que migram de uma região para outra:
Essa alteração no padrão dos movimentos altera também o perfil dos imigrantes, que, na maioria das vezes, eram considerados como um peso negativo para economia em função da baixa qualificação e do volume de movimentos serem maiores que a demanda dos mercados (Braga apud Matos, 2002). Nas três últimas décadas do