Pesca do pitu
ASPECTOS ETNOECOLOGICOS
DA PESCA DO PITU, MACROBRACHIUM
CARCINUS, LINNAEUS, 1758 (DECAPODA; PALAEMONIDAE), NO RIO POJUCA
(DISTRITO DE BARRA DO POJUCA, CAMAC
¸ ARI - BA).
R. S. Saraiva
Universidade Cat´ olica do Salvador, Instituto de Ciˆencias Biol´ ogicas, Departamento de Fundamentos e M´etodos, Av. Prof.
Pinto de Aguiar, n➸ 2589, Pitua¸cu, 41 740 - 090, Salvador (BA), Brasil. Telefone: 55 71 3345 5881-braddock.biologo@gmail.com
˜
INTRODUC
¸ AO
De acordo com Souto (2007), a pesca artesanal ´e uma das atividades extrativistas mais antigas do Brasil, sendo essencialmente de subsistˆencia. Para Guarim (2005), nos dias atuais, este modo de pesca passou a ser uma importante fonte de renda para as comunidades ribeirinhas.
Queiroz et al., , (2007) constataram que a pesca predat´ oria da regi˜ ao de Macap´ a (AP), similar a realizada em Barra do Pojuca (BA), nem sempre feita de maneira artesanal, deve - se em grande parte ao alto valor comercial pago ao pitu (Macrobrachium carcinus), crust´ aceo da fam´ılia Palaemonidae. Estes camar˜ oes s˜ ao utilizados n˜ ao apenas para alimenta¸ca ˜o, mas tamb´em como iscas na pesca esportiva.
Segundo Pernambuco (2008), o pitu sofre com a pesca em
´epoca proibida (defeso), com bombas e, mais recentemente, com veneno.
De acordo com Queiroz et al., , (2007), este camar˜ ao possui h´ abito noturno e sua alimenta¸ca
˜o ´e majoritariamente detrit´ıvora, mas podendo ser on´ıvora. Ocorrem dos estados do Par´ a ao Rio Grande do Sul, obrigatoriamente em rios que des´ aguam no Oceano Atlˆ antico, pois suas larvas necessitam de a
´guas salobras para realizarem a metamorfose, caso contr´ ario morrem.
Quanto aos pescadores, Guarim (2005) afirma que o pescador ribeirinho muitas vezes se depara com legisla¸c˜ oes pesqueiras que foram criadas sem seu conhecimento e que, com seus decretos, portarias e resolu¸co
˜es, na maioria das vezes n˜ ao lhe favorece de maneira alguma. Em muitos deles