Carcinicultura
A produção mundial de camarões de água doce do gênero Macrobrachium é um dos setores da aquicultura que mais cresce no mundo. Na América Latina, esse cultivo iniciou-se nos anos 70-80, quando foi implantado em quase todos os países da América do Sul e Central e, inclusive, no México e Caribe. No início, houve uma grande euforia em vários países - Brasil, Colômbia, Suriname e República Dominicana, entre outros. A criação de camarões de água doce baseia-se principalmente na espécie Macrobrachium rosenbergii (camarão da Malásia). A engorda ou recria destes organismos é geralmente realizada em viveiros escavados em solo natural. Dentro dos requisitos técnicos considerados na seleção de áreas adequadas à atividade destacam-se as condições de temperaturas elevadas durante pelo menos 6 meses (média mensal acima de 20ºC), disponibilidade de água de boa qualidade, situação topográfica que compreenda inclinações não superiores a 2%, solo predominantemente silte-argiloso (30 a 70%), etc. Além destas disposições técnicas, as situações logísticas também devem ser consideradas, quais sejam: estudo de mercado, infra-estrutura local, acesso, mão de obra, etc. A recria inicia-se a partir do povoamento dos viveiros com pós-larvas (fases inicias obtidas através de um processo de manutenção das larvas em instalações específicas – laboratórios de larvicultura). A reprodução deste tipo de camarão tem início na água doce. No entanto, as larvas desovadas pelas fêmeas precisam ser mantidas em água salobra durante aproximadamente 40 dias, até que sofram a metamorfose, possibilitando a sua liberação nos viveiros de água doce. O processo de larvicultura é tecnicamente complexo. Embora possa ser conduzido por pequenos produtores, recomenda-se aos iniciantes a compra de pós-larvas de laboratórios comerciais para os primeiros povoamentos dos viveiros de recria.
As espécies de camarões mais indicadas para a criação comercial ou industrial, pertencem ao