Plano de Negócio
Um novo sistema de plantio de tomates, chamado de superadensamento, foi desenvolvido no Espírito Santo e promete mudanças significativas na produção. Comparado ao cultivo convencional, o novo modelo permite melhor aproveitamento da área cultivada (de 13 para 44 mil pés por hectare), redução dos custos com mão-de-obra (um trabalhador a cada 13 mil pés), melhor qualidade de frutos (95% da colheita no padrão 2A) e produtividade elevada (10 a 14 mil caixas/ha).
Muitas variedades foram testadas no projeto, mas os autores observam que o tomate híbrido Miramar, da Seminis, tem se destacado, seguido por TY Fanny. “É importante, na hora de escolher a cultivar, buscar aquelas com menor área foliar e maior capacidade de calibre de frutos, além de resistência às principais doenças da cultura, como Nematoide, Fusarium e Verticilium”, orienta o técnico agrícola e produtor Ananias Spessemille, um dos responsáveis pelo desenvolvimento do novo sistema.
Um sistema inédito e eficiente
A principal diferença do sistema superadensado está no distanciamento entre as plantas - que é de apenas 15 cm - e no número de plantas por hectare (44 mil plantas). Esse modelo é inédito no Brasil, explica o agrônomo Sergio Maruitti, lembrando que “a condução dos tomateiros é feita por fitilhos e é possível cultivar 44 mil pés de tomate por hectare e apenas um homem pode cuidar de 13 mil plantas, enquanto no sistema de plantio convencional são cultivados 13 mil plantas/ha e é necessário um trabalhador para cada 3 mil pés”. No sistema de adensamento convencional, já adotado em algumas regiões, o espaçamento é de 1.4 m entre fileiras e 0.3 m entre plantas, com até 24 mil plantas por hectare.
Embora o espaçamento entre plantas seja de 0.15 m, o espaçamento entre as fileiras se mantém o mesmo (1.60m), variando de acordo com a mecanização usada. As plantas são conduzidas com a guia principal e capadas com 6 cachos, sendo estes raleados com