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RELAÇÃO COM A PERIFERIA POBRE DA CIDADE DE VITÓRIA DA
CONQUISTA/BA
Jemeffer Souza Lebrão
Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia – UESB jhelfny@yahoo.com.br 1.0 –INTRODUÇÃO
As categorias analisadas para a presente pesquisa são trabalho e mobilidade do trabalho na relação campo-cidade buscados como estratégia de sobrevivência de uma classe que não possui outra coisa senão a sua força de trabalho a ser vendida como mercadoria para a manutenção da vida e garantia de sua reprodução social. Desta forma, a análise que cabe à periferia urbana nesse trabalho, a identifica como lócus de reprodução da classe trabalhadora pobre que, na disputa por uma fração de espaço na malha urbana, sofre geralmente a segregação espacial.
No processo de luta pelo trabalho, verifica-se uma intensa mobilidade desses trabalhadores entre o campo e a cidade na busca de meios de sobrevivência traçando uma trajetória de busca de estabilidade no instável mundo do trabalho que ora absorve, ora expele trabalhadores. Sendo assim, pretende-se aqui teorizar sobre a categoria trabalho e a mobilidade a qual essa classe se submete na luta pelo trabalho que reflete a própria luta pela sobrevivência de uma classe social historicamente expropriada de seus meios de produção.
Deste modo, o trabalho como intercambiador da relação entre a sociedade e a natureza tende a se emoldurar segundo os padrões do modo de produção que se encontra em voga em determinados períodos históricos, como o sistema de produção capitalista no qual estamos inseridos desde o século XVI.
Por se tratar da fase inicial da pesquisa, ainda não dispomos dos resultados concretos de base empírica e relatos de experiências que poder afirmar ou refutar a discussão teórica aqui levantada, que tem como ponto de ancoragem obras de teóricos que discutem a categoria trabalho como Mészáros, Antunes, Menezes, Moreira, e a mobilidade do trabalho como Gaudemar, Silva, entre outros. O que se