HISToRIA DA FAM LIA
Conforme SARTI:
“Pensar a família como uma realidade que se constitui pelo discurso sobre si própria, internalizado pelos sujeitos, é uma forma de buscar uma definição que não se antecipe à sua própria realidade, mas que nos permita pensar como ela se constrói, constrói sua noção de si, supondo evidentemente que isto se faz em cultura, dentro, portanto, dos parâmetros coletivos do tempo e do espaço em que vivemos, que ordenam as relações de parentesco (entre irmãos, entre pais e filhos, entre marido e mulher). Sabemos que não há realidade humana exterior à cultura, uma vez que os seres humanos se constituem em cultura, portanto, simbolicamente” (SARTI: 2005 p-27).
Inicialmente tinha-se a família tradicional europeia ou medieval, que tinha como missão apenas a conservação dos bens, a prática de um trabalho comum a todos e de ajuda mútua entre homem e mulher. A transmissão geral dos valores e conhecimentos para a socialização da criança era feita pela sociedade. As trocas afetivas e comunicações sociais não eram frequentes, muitas vezes feitas por intermédio de terceiros (vizinhos, amigos, crianças e idosos) ou por casais que podiam demonstrar afeto livremente. Eram as típicas e extensas famílias feudais ou famílias conjugais.
No início deste