Práticas subversivas na escola pública: resistência e acomodação na agência de alunos dentro e fora da aula de inglês

the form Everybody got to deviate from the norm Rush – Vital Signs x xi RESUMO As práticas e os papéis identitários escolares tradicionais são rígidos, com pouco escopo para performances identitárias alternativas: nesse modelo de escola é fácil distinguir condutas de alunos entre “boas” e “más”. Entretanto, alunos constroem identidades híbridas e complexas que frequentemente extrapolam essas práticas escolares, ressignificando-as. Eles constroem identidades alternativas por meio da agência (FREIRE, 1970; JORDÃO, 2011a) de suas performatividades (BUTLER, 1990; PENNYCOOK, 2004) ao subverterem práticas via língua(gem) (CANAGARAJAH, 1993; 1997; 1999; 2004; GARCEZ; SCHLATTER, 2012; PENNYCOOK, 2010). Essa resistência pode ser manifesta ou secreta, tal quando é protagonizada em Casas Seguras, a fim de se evitar sanções de figuras de poder (CANAGARAJAH, 1997), e podem ocorrer por modalidades diversas, dentre elas a reapropriação de discursos e símbolos culturais dominantes, imperialistas e/ou transnacionais (RABY, 2005). A investigação dessa agência de alunos é feita nesta pesquisa por um viés etnográfico; nela, tenciono contribuir com estudos anteriores (CLEMENTE; HIGGINS, 2008; GARCEZ; SCHLATTER, 2012; LONGARAY, 2005; 2009; RAMPTON, 2006) acerca da agência de alunos em relação a línguas adicionais. Investigo como alunos resistem e/ou se acomodam performativamente a práticas em língua inglesa dentro e fora de sala de aula, contemplando assim as identidades…

aplicação prática deste corpus, pode-se cogitar a possibilidade de fazê-lo regionalmente. 6 Gostaríamos aqui de chamar a atenção para a hegemonia norte-americana, que toma conta de nossas salas de aula de língua inglesa, onde se deveria aprender a língua inglesa a partir de um autoconhecimento cultural e tradicional, mas ao invés disso se tende a abrir mão da própria identidade para abarcar a cultura alheia, como se fosse “melhor”, “mais bem-sucedida”. Esse fenômeno foi designado…

Segundo Canagarajah (2005), o termo local knowledge (saber local) é um termo que adquiriu significados distintos em diferentes campos de estudo. No sentido antropológico, por exemplo, “ele se refere às crenças e orientações que surgem a partir das práticas sociais de uma comunidade ao longo de sua história” (p.3). Já no sentido acadêmico, “ele se refere ao conhecimento que diverge daquilo que é estabelecido ou legitimado pelas disciplinas” (p.4). O autor ainda afirma que, apesar das…

mundialização, glocalização e World English (inglês do mundo), já exploradas em trabalhos anteriores (Assis-Peterson, 2006, 2008; Assis-Peterson e Cox, 2007; Coxe Assis-Peterson, 2006, 2008a, 2008b; Cox, 2010).Na segunda, exploram o episódio Joel Santana como um caso de glocalidade e apresentam um conjunto de enunciados, minimamente categorizados, sobre as leituras motivadas por tal acontecimento discursivo na esfera da mídia. E, na terceira, refletem sobre possíveis decorrências para a…

língua e por meio da língua (conforme a visão de Halliday (1987) sobre a aprendizagem de língua, citado em McCarthy & Carter, 1994:134). O aluno aprende a linguagem à medida que se envolve na realização de tarefas, nas quais exploram um conteúdo por meio dos textos que lêem/escrevem/falam/ouvem (Richards & Rodgers, 2001). Ao invés de ensinar regras de maneira normativa, deveríamos ensinar estratégias – maneiras criativas de negociar as normas que operam em diferentes contextos. (..)…

de pergunta e resposta conduzido na língua alvo; _ Prática de conversação sobre situações reais; _ Ditado de textos na língua alvo; _ Exercícios de completar espaços para avaliar intuição de regras ou vocabulário; _ Desenho induzido por ditado do professor ou dos colegas; _ Composição escrita de assuntos escolhidos em sala. Colocar um parágrafo de transição aqui! A mudança de tema parece brusca. O PAPEL POSITIVO DA L1 NA AQUISIÇÃO DA L2 Nos trabalhos mais recentes, a L1 tem…

156), “a reconstrução da sociedade, que não se pode fazer mecanicistamente, tem, na cultura que culturalmente se refaz, por meia desta revolução, o seu instrumento fundamental”. Como professores de línguas estrangeiras, devemos estar atentos ao que a teoria sociocultural (LANTOLF, J 2000) informa sobre a necessidade da não imposição de um único modelo de comunicação, mas sim de interação e compartilhamento de uma língua em processo de aprendizagem. Do mesmo modo, seguindo os princípios…

poderia ser representado com um texto sendo lido da mesma forma por diferentes alunos em diferentes salas de aula, ou seja, as experiências ou histórias de leituras de cada um não entrariam em jogo na compreensão ou interpretação textual. O significado já está lá, no texto, apenas esperando que alguém o encontre. A linguagem, o Sujeito e o Currículo no Pós-modernismo e nos Pós-estruturalismo: implicações... A repetição de uma mesma leitura, no entanto, é refutada pelo…

demanda ou a oferta de m˜o-de-obra. Portanto, o combate ` explora¸˜o do trabalho a a ca infantil e a extens˜o dos ciclos escolares devem ser visto como duas importantes a metas do Governo. Nos pa´ ıses em fase de desenvolvimento, como ´ o caso do Brasil, ´ comum e e se observar indiv´ ıduos, com idade inferior a 14 anos, no mercado de trabalho ´ desenvolvendo atividades perigosas e danosas ` sa´de humana. 1 E senso a u comum na literatura especializada que o trabalho infantil, na forma…

Adolescência no Brasil: As Consequências da Pobreza Diferenciadas por Gênero, Faixa Etária e Região de Residência.” Pesquisa e Planejamento Econômico. 21:2, 355-376 p. Becker, G. and H. Lewis. 1973. “On the Interaction between the Quantity and Quality of Children”. Journal of Political Economy, 81:2, S279-S288. Bequele, A. and J. Boyden. 1988. “Child Labour: Problems, Policies and Programmes.” In Combating Child Labour. Ed. Assefa Bequele and Jo Boyden. ILO Publications,…