Resumo

uma sociedade. "Posto que nosso tempo esta reduzido a um Padrão, e os Metais preciosos do dia acunhados em horas, os industriosos sabem empregar cada parcela de tempo em verdadeiro beneficio de suas diferentes profissões; e aquele que é pródigo com suas horas é, na realidade, um perdulário." (E. P. Thompson, p. 283) Um dos autores que estudaram o processo de surgimento das fábricas foi Stephen Marglin, que se preocupou com a análise do sistema de fábrica, que nada mais é além da divisão e do parcelamento do trabalho. Acompanhou o desenvolvimento do "putting-out-system", a primeira configuração da produção capitalista. Foi um autor de extrema importância por mostrar a interposição da figura do negociante entre o mercado e a produção artesanal, criando uma hierarquia social a partir da figura indispensável do capitalista. Nessa forma de desenvolvimento o capitalista tem acesso ao mercado e veta aos trabalhadores diretos esse contato, mesmo que eles ainda ditem o processo de produção. Em relação aos motivos que levaram a organização dos trabalhadores em algo que foi chamado de fábrica, Marglin sugere que não foi a avançada tecnologia que levou a isso, e mostra que essa forma de organização levou a disciplina e hierarquia na produção. Os trabalhadores se submetiam a um regime de trabalho ditado pelos mestres e contra-mestres, representando o domínio capitalista sobre o processo de trabalho. Outro autor que resume bem as razões que tornaram imperativa a…

Taylor promoveu o estudo dos tempos e movimento e padronizou os métodos de trabalho, sendo analisados os trabalhadores mais eficientes de forma a estabelecer o tempo e o movimento mais rápido para se produzir algo, produzindo assim a administração cientifica. Já Stephen Marglin dedica-se em Origem e funções do parcelamento de tarefas , a procurar responder questões levantadas com a divisão do trabalho e o capital. Pode o trabalho desenvolver o individuo ou ele somente traz a…

Taylor promoveu o estudo dos tempos e movimento e padronizou os métodos de trabalho, sendo analisados os trabalhadores mais eficientes de forma a estabelecer o tempo e o movimento mais rápido para se produzir algo, produzindo assim a administração cientifica. Já Stephen Marglin dedica-se em Origem e funções do parcelamento de tarefas , a procurar responder questões levantadas com a divisão do trabalho e o capital. Pode o trabalho desenvolver o individuo ou ele somente traz a…

O Nascimento das Fábricas (Decca) INTRODUÇÃO Dentre todas as utopias criadas a partir do século XVI, nenhuma se realizou tão desgraçadamente como a da sociedade do trabalho. Fábricas-prisões, fábricas-conventos, fábricas sem salário, que aos nossos olhos adquirem um aspecto caricatural, foram sonhos realizados pelos patrões e que tornaram possível esse espetáculo atual da glorificação do trabalho. Para se ter uma idéia da força dessas utopias realizadas impregnando todos os…

superação positiva da propriedade privada, enquanto apropriação da vida humana, é por conseguinte a superação positiva de toda a alienação, portanto o retorno do homem desde religião, família, Estado, etc., à existência humana, isto é, social”. O homem social tem que estar acima do homem individual, só assim se superará definitivamente a propriedade privada. É no homem social que se encontra a essência humana, é o homem vendo o outro homem como ser humano. “Por isso o que faço…

em matérias-primas e instrumentos. Burgueses enriquecidos pelo comércio passaram então a investir na produção doméstica – onde a divisão do trabalho era feita por membros da família – comprando matérias-primas e distribuindo-as a famílias contratadas para realizar os serviços. Os negociantes passaram a fornecer a matéria-prima aos trabalhadores e a controlar a comercialização do produto final. Stephen Marglin, preocupado coma análise da constituição do sistema de fábricas, acompanhou o…

se sistematizam e se multiplicam tais separações4. Um marco histórico significativo nestes sucessivos processos de separação é representado pela ruptura ontológica entre corpo e mente, entre a razão e o mundo, tal como formulada na obra de Descartes (Apffel-Marglin, 1996: 3). A ruptura ontológica entre a razão e o mundo quer dizer que o mundo já não é uma ordem significativa, está expressamente morto. A compreensão do mundo já não é uma questão de estar em sintonia com o cosmos, como era…

trabalho, sobre a política de pessoal e a repartição dos ganhos de produtividade. Em nenhuma das economias nacionais a polarização contínua das qualificações, a implicação negociada individualmente e a negociada coletivamente impuseram-se como paradigmas hegemônicos em termos de relações profissionais. Na verdade, coexistem, seja nos países, nas empresas ou nos estabelecimentos. Há ainda um outro aspecto a considerar: a natureza do contrato de trabalho, pois o tipo de compromisso…

os sujeitos sociais, as fontes documentais, as categorias e as formas de periodização que poderiam ser utilizadas em nossas pesquisas. A partir dessas, o processo de formação e as práticas dos trabalhadores não poderiam mais ser caracterizados como manifestações inconseqüentes, revoltas desesperadas contra o advento da mecanização das relações de trabalho no espaço consagrado à produção! Esses historiadores sociais trouxeram outras interpretações, pelas quais os trabalhadores…

produção que se diferencia do artesanato à medida que o artesão não é mais o proprietário da matéria-prima e não pertence mais à corporação de ofício, uma vez que passa a trabalhar "fora da cidade". O comerciante torna-se o proprietário da matéria-prima e o organizador do sistema de produção, enquanto o artesão dele recebe a matéria-prima, transforma-a e entrega-lhe o produto final. 4 Apud Stone, Katherine. The origins of job structures in the steel industry. Edwards, Richard C. et…