O Surgimento do sistema de fábricas na Inglaterra
Para nós que vivemos no século XXI, é natural a convivência com as mais variadas tecnologias. As máquinas estão presentes de tal forma no nosso dia-a-dia que quase não percebemos o quanto se acham integradas no mundo em que vivemos, sem elas, não existiria a maioria dos produtos que consumimos e utilizamos. As máquinas influenciam desde a maneira como utilizamos nosso tempo até o modo como desenvolvemos nossas atividades diárias.
Ao pensar sobre isso podemos nos lembrar de muitos outros exemplos da utilização das máquinas em nossa realidade, e provavelmente acharemos difícil a vida sem elas. No entanto, houve um tempo em que não se conhecia nada além de instrumentos movidos simplesmente pela força da natureza e pela força humana.
As inovações tecnológicas mais visíveis surgiram no século XVIII, na Inglaterra. Justamente nesse contexto, apareceram criações inovadoras, máquinas revolucionárias, novas maneiras de organização do trabalho, enfim, um fenômeno inédito que transformou a história da humanidade.
Esse fenômeno, o qual se denominou Revolução Industrial, que nas palavras do historiador Eric Hobsbawm “foi provavelmente o mais importante acontecimento na história do mundo, pelo menos desde a invenção da agricultura e das cidades”. (HOBSBAWM, 1977, p. 52).
A Revolução Industrial envolveu sem dúvida um rápido progresso técnico. As invenções se sucederam propiciando a aceleração do ritmo de produção. A evolução técnica fez parte desse processo revolucionário, mas pode não ter constituído seu único – e talvez principal – elemento. A Revolução, acima de tudo, foi marcada por transformações sociais verificadas antes e durante o acontecimento, que, sem nenhuma dúvida, interferiu nas relações sociais. Entretanto, não deve se limitar apenas a esse progresso técnico, pois para que a tecnologia se impusesse, era necessária toda uma estrutura, tanto em relação aos investimentos quanto à mão-de-obra. Os trabalhadores não iriam se adaptar de repente