O desejo de aprender: Uma visão psicanalítica da educação
Thainá Ariane da Silva
O desejo de aprender: Uma visão psicanalítica da educação
O artigo O desejo de aprender: Uma visão psicanalítica da educação (BASTOS, Flávio, 2004), aborda sobre a “possibilidade do conhecimento psicanalítico ser aplicado à prática educacional, levantando as impossibilidades que um saber sobre o inconsciente enfrenta face à pedagogia que lida com o aprendizado do indivíduo”, segundo Freud.
Na visão de Freud, a pedagogia e a psicanálise são praticamente opostas quando se fala do inconsciente do aluno, pois a pedagogia em sua educação, tem como objetivo inibir, reprimir e proibir impulsos inconscientes da criança, considerados pelo “Supereu” como imorais. Para Freud, uma repressão sem medidas, pode ter como consequência o aparecimento de neuroses na criança, pois ela não consegue obter a resposta que esperava, e não consegue pensar por si própria, pois acha que não pode pensar de tal maneira por ser uma coisa ruim, essa repressão pode ser evitada com uma educação mais branda.
O papel dos pais e do educador que também faz parte da vida da criança, é deixar que a criança escolha o que deve aprender, não se deve reprimir um desejo inconsciente da criança, e sim fazer com que esse desejo ainda inconsciente, possa se tornar consciente de uma forma aceitável para a sociedade. Como por exemplo, quando a criança tem a curiosidade de olhar as genitais de outra criança por pura curiosidade de saber se é igual ao dela, essa atitude não é uma atitude “feia” como um adulto que possui toda a malícia, pode enxergar, mas essa atitude pode ser transformada em fortalecedora na questão da curiosidade, em descobrir e aflorar outros interesses na criança como o de ler, saber e explorar o mundo em que ela vive. O papel do educador seria então o de não interferir, apenas orientar, para que as pulsões parciais da criança sigam seu caminho natural.
Na educação, a psicanalise pode ser útil na questão de auxiliar o educador