Construtivismo
Ao longo de seus estudos, Freud investigou os processos mentais, utilizando a técnica psicanalítica para o tratamento de distúrbios neuróticos. Apresenta uma teoria do desenvolvimento psicológico que está dividida em cinco fases psicossexuais: oral, anal, fálica, latência, genital. Nesse texto, não serão enfocados esses estágios, mas sim as ideias de Freud sobre a aprendizagem, ou seja, os processos que levam a criança ao conhecimento. De acordo com Kupfer (1989), embora Freud não tenha escrito um volume específico sobre a educação, esse tema permeou toda a sua obra, uma vez que, para ele, o funcionamento psíquico pode ser fruto direto das influências educativas recebidas pelo indivíduo. Dessa forma, para a autora, as ideias de Freud sobre educação têm conexão com seus conceitos para compor a teoria psicanalítica. Em suas afirmações, Freud nos apresenta os limites da ação pedagógica entre proibir e permitir que o aluno realize de seus desejos, em função da complexidade da psique humana, dos muitos obstáculos interiores ao processo de amadurecimento, do conflito entre o desejo individual e as exigências da vida em comunidade. Além disso, a criança dispõe de pouco mais de anos para se apropriar dos resultados de milhares de anos de evolução da cultura humana (Kupfer, 1986). De acordo com Kupfer (1986), sobre a aprendizagem propriamente dita, Freud não tem escritos específicos, mas gostava de pensar nos determinantes psíquicos que levam alguém a ser um “desejante de saber”, como os cientistas e as crianças pequenas. Em outras palavras, estudar esse tema em uma perspectiva freudiana significa entender o processo ou a razão pela qual um sujeito se sente motivado para o conhecimento. No início do desenvolvimento, o conhecimento ocorre por meio das “investigações