Libras e Didática
Apesar de avanços na língua de sinais ainda é comum encontrar inúmeros equívocos quando no primeiro contato. É incorreto entender a linguagem como mímica, incapaz de expressar conceitos abstratos, que é uma língua universal, ou ainda que exista uma falta de organização, etc.
Para entender melhor o livro define o conceito de linguagem como a capacidade de expressão e reflexão por meio de signos e a língua como a materialização dessa expressão. A língua de sinais diferencia-se por ser visoespacial.
Conhecer uma nova língua significa entender uma identidade, cultura, lutas e conquistas. Na antiguidade a surdez era tratada como castigo, Aristóteles entendia a língua como uma atribuição de ser humano ao homem, já no cristianismo o surdo passa a ser visto como uma pessoa como qualquer outra que precisa de Deus. Segundo Sá, o Iluminismo e a cientificidade trataram e isolar a anormalidade com intuito de reabilitá-la ou curá-la.
Em 1755 existem informações de surdos em situações educacionais e a escola de l’Epée marcou a luta pelo direito da utilização da língua de sinais. No congresso de Milão de 1880 foi marcado pelo banimento da língua de sinais e eleição da oralidade. Em 1960 a língua de sinais foi reabilitada pelo americano William Stokoe.
A trajetória da educação foi marcada por um embate clinico e sociocultural. Na visão clinica a surdez deve ser curada, porém por outro lado a sociocultural a língua de sinais é reconhecida e valorizada.
A ideia do surdo como um individuo com direito ao desenvolvimento pleno e como sujeito social começa no Brasil a partir das três ultimas décadas do século XX. A língua de sinais retorna a educação e novos paradigmas a consideram bilíngue e bicultural com bases de uma educação emancipatória.
As três grandes correntes da educação são: o oralismo, a comunicação total e o bilingüismo. Na primeira há uma valorização do grau de surdez, essa proposta baniu a língua de sinais e tem como principal objetivo desenvolvimento da