Seminario sobre Karl Mennheim (ifrj)

1336 palavras 6 páginas
Weber preconizou que a modernização ocidental fundou-se na generalização de um tipo de ação social, a ação racional com relação a fins, a “razão instrumental”. Esta ação se dá quando o agente, para a consecução bem sucedida dos fins escolhidos por ele mesmo, utiliza como condição ou meio a expectativa de comportamentos e objetos da situação. Algumas observações são necessárias. Em primeiro lugar, a racionalidade está contida nos meios, não necessariamente nos fins. Em segundo lugar, os meios racionais podem vir a se tornar regras ou normas estabelecidas em cada esfera social, segundo seus objetivos intrínsecos, impostos aos indivíduos: trata-se do processo de burocratização, quando a razão torna-se, em vez do exercício da liberdade, instrumento de dominação.

Para Manheim, a crise do controle social fora causada, entre outros fatores, pelo aumento da população, pela concentração política, econômica e cultural em grandes organizações, pelo fim das pequenas e médias empresas, pelo fim da livre concorrência e iniciativa individual, pela crise da família e das comunidades tradicionais e pela incapacidade das novas unidades burocráticas elaborarem controles sociais substitutos. A desintegração social desemboca então na desintegração da personalidade, e é justamente esta personalidade desintegrada quem sai em busca de um “líder” totalitário. Para Mannheim, a crise do controle social, deixada a esmo, desemboca no totalitarismo: justamente o que vira acontecer na Alemanha. O totalitarismo faz uso das poderosas técnicas sociais – densidade populacional, meios de comunicação, tecnologia, ciência, armamentos e a própria educação, entre outros – como meios de impor um sistema amplo de dominação e controle. A alternativa histórica para o decadente liberalismo parecia ser a planificação totalitária – de certo modo, é a mesma conclusão a que Adorno parece chegar. Mas para Mannheim uma “Terceira Via” era possível: a

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