Renascimento Comercial
A retomada das atividades comerciais
Durante muito tempo, a Europa feudal teve uma economia fechada. Cada unidade que a compunha tendia à autossuficiência; assim sendo, o intercâmbio entre as partes era reduzido e ocorria tão somente devido a certos bens que, não sendo produzidos na Europa, eram valorizados neste mercado.
A partir do século XI, ocorre uma alteração nesse panorama, com o chamado Renascimento Comercial. Não se trata do aparecimento do comércio, que existia há muito tempo, mas sim de sua dinamização.
O crescimento populacional e a dinamização do comércio
Não existe apenas um fator que explique a dinamização do comércio, mas há um certo consenso entre os autores de que no período ocorre um crescimento populacional no Ocidente europeu, o que implicou uma procura maior de produtos e a correspondente especialização das atividades produtivas em cada região.
Ocorre uma tendência ao deslocamento dos problemas da sobrevivência da esfera da circulação, torna-se cada vez mais importante o intercâmbio de mercadorias entre regiões. Os mercadores tornam-se importantes.
O crescimento das cidades
As cidades que tinham importância na época do Império Romano passaram por um período de declínio durante a Alta Idade Média. Mas os mercadores terão um papel importante na urbanização a partir do século XI. Formaram-se núcleos de população em estradas de grande tráfego, nos entroncamentos mais movimentados, nos portos. A cidade atrai pessoas que até então viviam nos domínios dos senhores feudais como servos e que, de alguma maneira, libertaram-se dos laços de dependência e prestam os mais variados serviços.
Os europeus arriscaram-se a sair para mais longe, conhecer outras civilizações e outors costumes. Um exemplo característico daquela época de expansão comercial foram as viagens de Marco Pólo, que teria ido à China e lá permanecido por dezesseis anos. Seus relatos incendiaram a imaginação de muitos comerciantes