Aime Cesaire

BITTENCOURT, Raquel Pereira. O Caliban Voador. Curitiba: Scripta Alumni, Uniandrade, n.01, 2008 pg. 124 à 134. CALIBAN AND SYCORAX, moons of Uranus. Disponível em http://www.solarviews.com/eng/caliban.htm. Acesso em 18 de Novembro de 2011. CESAIRE, Aimé. Une Tempête. Paris: Seuil, 1969. FERREIRA, Ricardo Franklin. Afro-descendente: Identidade em Construção. Rio de Janeiro / São Paulo: Educ, 2004. GLISSANT, Edouard. O Quarto Século. Rio de Janeiro: Editora Guaranabara, 1986. …

colonial literature” (Op.cit., p.5). Na verdade, já em Conrad e Forster se registam atitudes de resistência ao poder colonial, as quais iriam também encontrar expressão nos anos 20 e 30 nas obras de autores como Léopold Sédar Senghor (Senegal), Aimé Cesaire (Martinica) ou Bernard Binlin Dadié (Costa do Marfim). Vivendo em Paris, estes escritores tornaram positiva a imagem de “negritude”, anteriormente identificada como negativa e inferior pelo colonizador, passando a celebrá-la enquanto…

como um lugar de suma importância para denúncia e resistência dos negros, na esteira do “Renascimento negro”, nos Estados unidos, momento em que se destacam os nomes de Du Bois e Langston Hughes, ou do conceito de „Négritude”, protogonizado por Aimé Césaire, da Martinica, Leon Damas das Guianas, e Léopold Sedar Senghor, do Senegal. Fonseca analisa que, na obra desses escritores, com frequência, as imagens de África e de africanidades perpassam os versos dos poemas e e inserem-se nas…

culinária, há mais de 365 restaurantes apresentando o melhor da cuisine francesa e Creole. Frutos do mar preparados à moda Creole e temperos locais ou, ao clássico francês com ervas finas. Patrimônio Cultural –Local de nascimento do famoso poeta, Aimé Césaire, Zouk e da primeira esposa de Napoleão Bonaparte, a Imperatriz Josefine. Martinica possui uma rica herança cultural mantida viva em 25 museus. Rum – A Capital Mundial do Rum, Martinica abriga 15 marcas conhecidas, cada uma…

(como Nkrumah em Ghana) pelo partido único (ou “partido dominante” como definiu-o Leopold Senghor, do Senegal) ou ainda, por um ditador militar (como Idi Amin Dada em Uganda, ou Sese Seko Mobuto no Zaire). A negritude (movimento encabeçado por Aimé Césaire, um poeta martinicano, e pelo presidente senegalês Leopold Senghor) foi também um ponto em comum, marcadamente entre os países afro-francofônicos, que exaltavam as qualidades metafísicas dos africanos. Finalmente todos manifestavam-se…

absoluta constitui a essência do processo de descolonização que partirá da intelectualidade colonizada. Em Paris, a revista "Présence Africaine", com Aliune Diop e um grupo de poetas e escritores negros de expressão francesa, Léopold Senghor, Aimé Césaire, David Dion, lança um movimento de idéias, a negritude, proclamando a consciência do "eu negro".

(como Nkrumah em Ghana), pelo partido único (ou “partido dominante” como o definiu Leopold Senghor, do Senegal) ou, ainda, por um ditador militar (como Idi Amin Dada em Uganda, ou Sese Seko Mobuto no Zaire). A negritude (movimento encabeçado por Aimé Césaire, um poeta martinicano, e pelo presidente senegalês Leopold Senghor) foi também um ponto em comum, 10 marcadamente entre os países afro-francofônicos, que exaltavam as qualidades metafísicas dos africanos. Finalmente, todos se…

(2010, p.127) acrescenta ainda que “Outras organizações culturais ou de interesse da elite instruída se formaram no estrangeiro entre africanos e afro‑descendentes. O pan‑africanismo entrava em uma nova fase. Na França, Léopold Sédar Senghor e Aimé Césaire fundavam L’Etudiant noir. Por sua parte, Kwane Nkrumah, Jomo Kenyatta e W. E. B. Du Bois se afirmaram na qualidade de ativos pan‑africanistas, na Grã‑Bretanha e nos Estados Unidos”. Certamente, numerosos destes movimentos do entreguerras eram

copérnica, a tal ponto está enraizado [na Europa] o hábito de agir por nós, de pensar por nós, de pôr e dispor por nós, em suma o hábito de contestar que tenhamos direito à iniciativa, que o mesmo é dizer o direito à nossa personalidade própria” Aimé Césaire, 1956

seja qual for a cor da sua pele. Como Lévi-Strauss tinha afirmado há muito, “as diferenças que separam os homens são apenas superficiais, os homens são sempre homens” 8 Foi essa a luta de Franz Fanon9, de Kwame Nkrumah, de Julius Nyerere, de Aimé Césaire, de Léopold Senghor e de tantos outros. Mesmo expressões como “negritude” tiveram sentido em nome de uma revolta cultural legítima onde já não entra o sentimento de “superioridade/inferioridade” mas sim o de uma justificada…