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A Poesia Contemporanêa nos Países Africanos de Língua Portuguesa: Arlindo Barbeitos, Eduardo White, José Luís Mendonça, Luís Carlos Patraquim e Ruy Duarte de Carvalho Jurema Oliveira - UERJ /Brasil
Escrito por Jurema José de Oliveira tamanho da fonte
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As vozes que despontam no cenário literário africano na contemporaneidade consolidam uma luta travada nos primórdios das guerras pela descolonização nos países africanos de língua portuguesa.
As vozes que despontam no cenário literário africano na contemporaneidade consolidam uma luta travada nos primórdios das guerras pela descolonização nos países africanos de língua portuguesa. Desvincular a língua portuguesa da tradição européia foi o primeiro passo dado por autores que ansiavam encontrar a palavra precisa, transgressora e fundadora de um novo lirismo com marcas próprias. Na África de língua portuguesa esse processo se caracteriza em obras de autores como Arlindo Barbeitos, Eduardo White, José Luís Mendonça, Luís Carlos Patraquim e Ruy Duarte de Carvalho. Os «pastores» desta nova poética inserem em suas poesias aspectos característicos dos falares do povo. A língua portuguesa distanciada da matriz, «aclimatada» em solo africano, sofre a distensão necessária para viabilizar a escrita poética em vários sentidos. Esse mecanismo propicia os desvios que «solidifica[m] a produção de uma literatura que transgride os modelos europeus para se afirmar intensamente africana» (FONSECA, Maria Nazareth Soares. In: Contatos e ressonâncias: literaturas africanas de língua portuguesa. Belo Horizonte: PUC Minas, 2003, p.84). Nesse contexto, a poesia faz circular os saberes. Desloca do espaço do poder a língua, que regula a história humana, dando-lhe uma nova roupagem, para imprimir os vários sentidos