O funk carioca
Sua evolução de dança a gênero e posteriormente como movimento aglutinador de novos conceitos sociais em várias áreas do comportamento urbano.
O gênero musical ‘funk’ ao longo dos anos vem assumindo características de ‘movimento’. Apesar de não ter tantos desdobramentos como o ‘Movimento hip hop’ o funk detém alguns desdobramentos interessantes.
Tais desdobramentos estão mais em nível de vestimentas e posições ideológicas definidas, principalmente da ala feminina com relação à sexualidade. Contudo, aprofundarei este item de mudança de gênero para movimento mais na frente.
Primeiramente daremos uma olhada geral no que é o funk em alguns aspectos.
Dados históricos
No início da década de 1970 o soul music fazia sucesso no Brasil. Os principais artistas por aqui conhecidos eram James Brown e sua banda JB’S, George Clinton, Sly & The Family Stones, Aretha Franklin, Ray Charles, Otis Redding, Marvin Gaye, Stevie Wonder, Jackson Five, Isaac Hayes, Smoker Robinson, Lionel Ritche e grupos vocais como The Miracles, Temptations, Pretenders, Supremes, The Stylistics e Blue Magic, entre outros, a maioria, artistas das gravadoras Atlantic Recording Corporation, fundada em Washington pelo turco Ahmet Ertegun em 1947 e da Motown, fundada em Detroit em 12 de janeiro de 1959 por Berry Gordy Jr.
Alguns artistas brasileiros que haviam estado na América do Norte e outros, aqui mesmo do Brasil, logo assimilaram esta tendência. Entre os mais conhecidos estavam Dom Salvador e Grupo Abolição, Tim Maia, Carlos Dafé, Sandra de Sá, Tony Tornado, Gérson King Combo, Hyldon, Lady Zu, Cassiano e Banda Black Rio. Estes artistas, entre outros da época, faziam apresentações nos bailes suburbanos e muitos deles trabalhavam com ‘play-back’ com apoio das equipes de som como a Soul Grand Prix (de Mr. Paulão e Asfilófio de Oliveira, mais conhecido como Dom Filó), Messiê Limá, Ricardo Lamournier, Mr. Funky Santos, Ademir Lemos (falecido em 1993), A Cova, Saturno, Cash