O desenvolvimento da criança com deficiência visual
A resposta a essa pergunta pode ser encontrada na teoria vygotskiana. Na perspectiva dessa teoria não existem diferenças básicas no impulso para desenvolvimento da criança, seja ela cega ou vidente, já que as forças do desenvolvimento são dinâmicas e buscam, através da compensação uma superação de um estado de insegurança e de inferioridade que a condição da criança impõe. Igualmente, Vygotsky considera que toda criança, tanto a criança deficiente visual quanto a criança normal, tem a sua disposição à linguagem, principal fonte de conteúdos de desenvolvimento.
As desvantagens podem estar presentes no processo educacional da criança com deficiência visual em relação ao processo educacional da criança que não apresenta este tipo de deficiência.
Tanto a criança com deficiência visual, como a criança sem essa deficiência têm o mesmo desenvolvimento, pois ambas têm a seu favor a linguagem, fator primordialmente para o desenvolvimento de qualquer criança.
Para Cunha o processo de desenvolvimento da criança deficiente visual, à restrição de habilidades de exploração, assim como as influências psicológicas da própria criança e de seu ambiente, começam desde o nascimento a moldar o seu desenvolvimento. A fala e a linguagem para a criança com deficiente visual são fundamentais para o seu desenvolvimento, pois se torna um meio de controle sobre o ambiente imediato que está fora de seu alcance visual (Cunha, 1996).
Na abordagem sócio-histórica, o desenvolvimento humano é uma construção de natureza social que ocorre no contato com o outro. Tanto para Vygotsky (1991) como para Bakhtin (1988) o desenvolvimento cultural é mediado pela linguagem, pelos signos e significados construídos na interação contínua e permanente com o outro, abrindo novas possibilidades na constituição do sujeito.
Portanto a única