Deficiência Visual
Vilma de Pícoli¹
Setembro de 2011
Resumo
Este artigo visa investigar e demonstrar como as crianças deficientes visuais utilizam seus sentidos remanescentes para interagir com os objetos do meio a fim de desenvolver suas estruturas mentais e conceitos da realidade. Para atingir o objetivo proposto esta investigação utilizará uma revisão de literatura sobre o tema e observações de práticas da autora realizadas em escolas especiais e do ensino comum, apoiadas em autores que abordam a educação de crianças com deficiência visual e dos que abordam a educação geral. Nessa investigação, foi possível afirmar que a educação e o despertar dos potenciais das pessoas com deficiência visual é fazer que o visível se torne tangível
Palavras-chave: Deficiência visual. Construção do conhecimento. Sentidos remanescentes. Interação.
1 INTRODUÇÃO
Este artigo foi elaborado a partir de uma revisão de literatura e embasado em uma reflexão teórico prática com alunos com deficiência visual. Embora o estudo concentre-se em literatura, empiricamente é extraído de vivências da autora do presente estudo. A seguir, apresento relatos que contribuem para a justificativa desse tema, uma vez que é importante destacar a ação física e mental da criança com deficiência visual, como sujeito agente e construtor do seu processo de desenvolvimento, não deixando dúvidas que os sentidos são importantes nesse processo interativo de todas as crianças.
A falta da visão restringe as experiências das crianças, dificulta a adaptação social, acarreta atraso no desenvolvimento motor, além de uma tendência à inércia que poderá ser superada com oportunidades desafiadoras da ação física e mental.
Explicar como crianças com deficiência visual constroem conhecimentos, utilizando-se dos sentidos remanescentes é o propósito desta escrita. E é fundamental que esse processo tenha início já nos primeiros