A história da matemática
Os artistas e arquitetos do início da Renascença trouxeram de volta o uso da perspectiva, uma técnica que ficara perdida durante mil anos. Piero foi o primeiro grande pintor a entender totalmente a perspectiva, e isso porque ele era matemático, além de artista. A Flagelação de Cristo é um quadro e o problema da perspectiva consiste em como representar o mundo tridimensional numa tela bidimensional. Para dar uma idéia de profundidade, uma noção da terceira dimensão, Piero usou a Matemática.
O que surgiu foi uma nova linguagem matemática que nos permite associar uma coisa com outra. O poder da perspectiva liberou uma nova forma de ver o mundo, uma perspectiva que iria causar uma nova revolução matemática.
A obra de Piero foi o início de uma nova forma de entender a Geometria. Mas levaria mais 200 anos antes que outros matemáticos continuassem de onde ele parou.”
No século 17, a Europa havia ultrapassado o Oriente Médio como a principal geradora de idéias matemáticas. Grandes passos haviam sido dados na geometria de objetos fixos no espaço e no tempo. Na França, Alemanha, Holanda e Inglaterra a corrida agora era para entender a matemática dos objetos em movimento.
O vilarejo de Descartes, no vale do Loire foi onde ele nasceu em 1596, uma criança frágil que perdeu a mãe quando era muito jovem. Por isso, ele podia ficar na cama todas as manhãs até 11h, um hábito que ele tentou manter por toda a vida.
Para fazer matemática, às vezes você precisa remover todas as distrações e “flutuar” para um mundo de formas e padrões. Descartes achava que a cama era o melhor lugar para atingir esse estado meditativo. Foi finalmente publicado aqui na Holanda, em 1637, um dicionário que incluía muitas idéias filosóficas polêmicas. Mas os pensamentos mais radicais estavam no apêndice: uma proposta de ligar a Àlgebra à Geometria. Cada ponto em duas dimensões pode ser descrito por dois números: o primeiro dando a localização horizontal e o segundo a