A educação em arte em uma perspectiva pós-moderna
“Transfigurar a sociedade para que ela a todos assegure educação e trabalho e, sobretudo, para que a ninguém condene a vender seu talento e suas habilidades a quem melhor possa convertê-los em lucros pecuniários, sem ensejar nenhuma oportunidade de colocá-los a serviço da coletividade”. Darcy Ribeiro
As interferências sociais e culturais mais significativas para o século XX, listadas em 1993 por FERRAZ & FUSARI, na obra Metodologia do Ensino da Arte, demonstram como as abordagens pedagógicas são determinadas pelas mudanças na dinâmica social e cultural. Tais teorias, vinculadas às concepções ideológicas e filosóficas de cada época, produziram duas tendências pedagógicas: a tendência liberal e a tendência progressista. A análise dos das listagem das “interferências” relativas aos anos 80 e 90, citadas por FERRAZ & FUSARI, demonstra que uma parte dos educadores optou por seguir preceitos da segunda tendência e aceitou um desafio que poderia ser sintetizado na questão por elas proposta: que história da educação escolar em arte queremos fazer? No que se refere à arte-educação, nosso cenário sociocultural encontrase ainda sob o impacto de algumas daquelas interferências, que inviabilizam algumas de nossas opções por fazer uma história da educação escolar condizente com nossos planos, mas, algumas alterações importantes devem ser registradas. A batalha empreendida pelos arte-educadores, organizados em
associações e movimentos, pela inclusão da obrigatoriedade da arte no currículo