Ionização e excitação
As radiações podem ser classificadas em ionizantes (raios X, radiação emitida nas desintegrações radioativas,...) e não ionizantes (calor, luz, microondas, radiação ultravioleta, ...). As radiações ionizantes são aquelas que possuem energia acima da energia de ligação dos elétrons do átomo com o núcleo. Dessa forma, a energia das radiações ionizantes é capaz de arrancar elétrons de seus orbitais, formando assim, íons positivos. Devido a energia que o elétron adquire, ele se desloca pelo interior da matéria podendo interagir com outros elétrons ou núcleos, vindo a formar novos íons, até que sua energia seja completamente dissipada e este elétron seja capturado por moléculas que constituem a matéria irradiada. Caso a energia associada à radiação não seja suficiente para arrancar elétrons, produzindo íons, ela é classificada como radiação nãoionizante. Não confunda ionização com excitação. A excitação não consiste na remoção do elétron do átomo, apenas na sua elevação a um nível energético maior (estado excitado), saindo, portanto, do nível fundamental. Ao retornar ao nível fundamental, a energia perdida pelo elétron é emitida na forma de luz. Quando a radiação incide sobre a matéria interagindo com ela, ocorre transferência de energia. Essa transferência de energia ocorre de maneiras distintas para radiações que têm carga e para as que não têm. Os elétrons, as partículas alfa e os fragmentos originados em processos de fissão, têm como mecanismo principal de atuação os campos elétricos, por meio dos quais transferem energia a uma grande quantidade de átomos simultaneamente. A radiação emitida por estas partículas é chamada de radiação diretamente ionizante, pois age diretamente sobre os átomos, causando sua ionização. Já os nêutrons e as radiações eletromagnéticas, por não possuírem carga elétrica, não originam campo elétrico e, assim, interagem de maneira individual, transferindo sua energia a elétrons que por sua vez irão causar novas