Psicologia da educação
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Psicologia da educaçao A existência da psicologia da educação como uma área de conhecimento e de saberes teóricos e práticos claramente identificáveis, segundo Coll (2004) tem sua origem na crença de que a educação e o ensino podem melhorar sensivelmente com a utilização adequada dos conhecimentos psicológicos. Tal convicção, que tem suas raízes nos grandes sistemas de pensamento e nas teorias filosóficas anteriores ao surgimento da “psicologia científica”, foi objeto de múltiplas interpretações. Existem profundas discrepâncias quanto aos princípios que devem ser aplicados, em que aspecto ou aspectos da educação devem ser usados e, de maneira muito particular, o que significa exatamente aplicar de maneira correta à educação os princípios da psicologia. Situa-se o surgimento da Psicologia da Educação por volta de 1903, quando foi lançado o livro de Thorndike, o qual nomeou, pela primeira vez, esta área de estudos e lhe deu corpo doutrinário. Na edição de 1913 e 1914, Thorndike concluiu que todo conhecimento da psicologia que tivesse a possibilidade de ser quantificado podia ser aplicado à educação. (Goulart, 2000) Thorndike em 1906 dizia que a eficiência de qualquer profissão depende amplamente do grau em que se torne científica. A profissão do ensino melhorará à medida que o trabalho de seus membros seja presidido por espírito e métodos científicos. No discurso de muitos dos precursores da Psicologia da Educação – William James, Stanley Hall, J. Mckeen Cattel, John Dewey, Charles H. Hudd, Eduar Claparéde, Alfred Binet, etc. – esta era o resulta convergência de dois âmbitos de discursos e dois tipos de problemática: o estudo do desenvolvimento, da aprendizagem e das diferenças individuais; e o discurso do reformismo social. Desde as primeiras décadas do século XX o discurso de reformismo social perde relevância e a psicologia da educação adota uma orientação fundamentalmente acadêmica, segundo Coll (2004),