Psicologia da educação
A escola é uma fonte de conhecimento e tem como função treinar habilidades específicas de seus alunos. As crianças podem aprender habilidades que lhe serão úteis no futuro, mesmo que ainda não estejam vivendo essa realidade.
Os professores evidenciam dificuldades presentes em todas as redes estaduais e municipais, em diferentes cidades do país. São freqüentes indagações relativas ao (à) aluno (a) concreto (a) que usualmente está presente na sala de aula: como lidar com essa criança tão “estranha”, que apresenta tantos problemas, que tem hábitos e costumes tão “diferentes” dos da criança “bem educada,normal”? Como “adaptá-la”às normas ,condutas e valores vigentes? Como ensinar-lhe os conteúdos que se encontram nos livros didáticos? Como prepará-la para os estudos posteriores? Como entregar a sua experiência de vida de modo coerente com a função específica da escola?
Tais questões refletem visões de cultura, escola, ensino e aprendizagem que dão conta dos desafios encontrados em uma sala de aula “invadida” por diferentes grupos sociais e culturais, antes ausentes desse espaço. Não dão conta, do inevitável caráter multicultural das sociedades contemporâneas, nem respondem às contradições provocadas pelos processos de globalização econômica e de mundialização da cultura que têm intensificado à cisão do mundo em “ricos” e “pobres”, “civilizados” e “selvagens”, “nós” e “eles”, “incluídos” e” excluídos”.
Experiências têm sido desenvolvidas, tanto no âmbito das escolas como de outros espaços de educação. Estamos ainda distantes do que Connell(1993) denomina de justiça curricular, pautada por três princípios: escolarização comum; a produção histórica da igualdade.
Considerando as especialidades e as complexidade do panorama social e cultural deste inicio de século, sugerimos que a concepção de justiça curricular se ampliem e se compreenda como programação em que as práticas pedagógicas incitam o questionamento as relações de poder,no âmbito da