Leitura
Como e quando começamos a ler Desde os nossos primeiros contatos com o mundo, percebemos o calor e o aconchego de um berço diferentemente das mesmas sensações provocadas pelos braços carinhosos que nos enlaça o cheiro do peito o a pulsação de quem nos amamenta. Começamos assim a compreender, a dar sentido ao que e a quem nos cerca, esses também são os primeiros passos para aprender a ler. Segundo Paulo Freire ninguém educa ninguém como tão pouco ninguém se educa a se mesmo: ninguém ensina ninguém a ler; o aprendizado é, em última instância, solitário, embora se desencadeie e se desenvolva com a convivência com os outros e com o mundo. O estudo da linguagem vem revelando, cada vez com maior ênfase, que aprendemos a ler apesar dos professores. Enfim, dizem os pesquisadores da linguagem, em crescente convicção, que aprendemos a ler lendo, eu diria vivendo, certamente aprendemos a ler apartir do nosso contexto pessoal, que temos que valoriza-lo para ir além dele. Quando começamos a organizar os conhecimentos adquiridos, apartir das situações que a realidade impõe e da nossa atuação nela, quando começamos a estabelecer relações entre as experiências e a tentar resolver os problemas que se nos apresentam - aí estamos procedendo leituras, as quais nos habilitam a ler tudo e qualquer coisa. Esse seria, digamos o lado otimista e prazeroso da leitura.
Ampliando as noções de Leitura Se o conceito da leitura está geralmente restrito a decifração da escrita, sua aprendizagem, no entanto, liga-se por tradição ao processo de formação global do individuo, a sua capacitação para o convívio e atuação social, política, econômica e cultural. Saber ler textos escritos e escrever ainda hoje é algo que não se tem acesso naturalmente (o analfabetismo persiste mesmo