Populismo na Política Brasileira
"A principal questão a que as análises se dirigem tem a ver com as razões pelas quais as classes populares se comportam como “massas” e se prestam à manipulação, que viabiliza e define mesmo o sistema. Na tentativa de manipulação, que viabiliza e define mesmo o sistema. Na tentativa deresponder à indagação, Weffort empreende a crítica das concepções que percebem apenas de maneira negativa certas características das classes populares (“origem agrária recente”, “ausência de consciência de classe”,“inexperiência política”), avalia a contribuição das teorias da mobilizaçãosocial, extraindo o que lhe parece ser sua aportação válida, e trata, finalmente,de dar o devido relevo aos “fundamentais e decisivos aspectos históricos eestruturais” envolvidos na formação das classes populares. Aqui, a proposiçãofundamental do autor destaca a heterogeneidade das classes populares e amultiplicação das vias de mobilidade e ascensão social que se ligam aodesenvolvimento urbano e industrial, o que facilitaria a orientação para o êxitoindividual, desestimulando as lealdades de classe e conduzindo “aodesinteresse da classe pela revolução social”. Do ponto de vista subjetivo,salienta-se que “na adesão das