Francisco Weffort - Fichamento: o populismo na política brasileira
Política Brasileira 2 – Professora Fernanda F. Mota
Andressa Gonçalves Ferreira Matrícula: 13/0005983
Fichamento 2 – WEFFORT, Francisco. O populismo na política brasileira. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1980. Capítulo 3, pp. 6 a 78.
O autor aborda o populismo como a crise da oligarquia, sendo um processo de democratização apoiado no autoritarismo. A partir de 30, o governo tornou-se solidário às massas, portanto, foi a expressão dos anseios das classes populares no ambiente urbano e industrial que começava a se desenvolver. O fenômeno pode ser considerado de natureza pessoal, uma vez que é dependente da manipulação e carisma do líder. Vale ressaltar das contradições e ambiguidades que o fato apresenta, seja ele em relação aos seus representantes, seja no caráter ideológico, visto que apresenta a dualidade entre o apoio às classes populares e ao poder político. A revolução de 30 exibiu a crise da oligarquia e a propensão da ampliação das bases sociais do Estado, além disso, houve considerada participação das classes médias e dos burgueses defensores da industrialização. Dessa forma, os industriais foram os mais privilegiados com as transformações políticas. As classes populares não detinham poder para pressionar o governo, então a Aliança Liberal se dispunha a atender minimamente as necessidades populares. Contudo, a primeira forma de cidadania em detrimento das massas, coube à criação da legislação do trabalho. A participação política das massas foi irrelevante e não caracterizou uma democracia, sempre esteve subalterno às elites. Então, o presidente é considerado o árbitro, visto que sua persuasão manterá sob controle as forças sociais e a oposição, ou seja, suas decisões corresponderão à menor resistência ou maior apoio popular, a fim de evitar crises, como evidente no governo Vargas, que respondeu as pressões sem subordinar-se. As oligarquias não perderam sua representação e força no governo e as massas ganharam certa