O populismo na politica brasileira
Weffort(1985) começa esse capitulo dizendo que o populismo como estilo de governo, sempre foi sensível às pressões populares e que ele só pode ser compreendido no contexto do processo da crise política e de desenvolvimento econômico que se abre com a revolução de 1930. O processo de democratização do Estado foi expresso através da crise da Oligarquia e do liberalismo, que sempre foram muitos constantes na história brasileira e que por sua vez esse processo teve que se apoiar em algum tipo de autoritarismo, seja autoritarismo institucional da ditadura Vargas (1937-45), seja o autoritarismo paternalista ou carismático dos líderes de massas da democracia do pós- guerra (1945-64).
Também ele mostra que esse processo foi uma das manifestações das debilidades políticas dos grupos dominantes urbanos, quando tentaram substituir as oligarquias nas funções de domínio político de um país tradicionalmente agrário , numa etapa que pareciam existir as possibilidades de um desenvolvimento capitalista nacional.
O populismo foi uma expressão mais completa da emergência das classes populares no desenvolvimento urbano e industrial, verificando a necessidade sentida por alguns novos grupos dominantes, de incorporação das massas no jogo político (WEFFORT, 1980).
Desde 1945 até 1964, vários líderes políticos de ressonância nacional (três presidentes e alguns governadores de Estado) buscavam conquistar adesão popular nos centros nos urbanizados do País, cada um com seu “estilo” e política pessoal quase sempre pouca explicita e sua ideologia ainda menos explicita e muitas vezes confusa, com suas diferenças, em alguns casos suas contradições, são de tal ordem que se torna difícil perceber neles algumas significações fundamental comum além do interesse que todos têm na conquista do voto popular e na manipulação das aspirações populares, com isso, essa tentativa de democratização só aconteceu na esfera política, pois, a massa ainda continuaria