GOMES, Angela de Castro. O populismo e as ciências sociais no Brasil notas sobre a trajetória de um conceito. In Tempo, Rio de Janeiro, vol. 1, nº 2. 1996. pág. 31-58.
Doutora em Ciência Política pelo Iuperj, professora titular, hoje aposentada, de
História do Brasil na Universidade Federal Fluminense e pesquisadora do CPDOC.
RESENHA
O texto de Angela Gomes, sintetiza argumentos e questões centrais sobre o populismo no Brasil, identificando e determinando propostas sobre o assunto, através de experiências brasileiras com autores, textos em diversos contextos. A autora possui uma abordagem historiográfica, acompanhado a trajetória do populismo na produção acadêmica da historia e das ciências sociais dos meados dos anos 50 até hoje.
O tema abordado tem várias formas de interpretação, sendo assim, possuindo uma gama de argumentos e posicionamentos que vai não só do espaço acadêmico da história e das ciências sociais, como também da memória social política da sociedade.
Para a sociedade que possuía participação política, em diferentes graus era populista os políticos que prometiam e não cumpriam, que utilizassem da política para interesses pessoais e não do povo. O populismo mostrava que “O povo não sabe votar” ou “ainda não aprendeu a votar” que justificariam a eliminação do voto em nome da “boa política”. Sendo assim o populismo é visto de forma negativa diante da experiência brasileira.
O que determinou o surgimento do populismo, foi nos meados dos anos 50 com o surgimento de reuniões periódicas por um grupo de intelectuais que visavam discutir problemas políticos, econômicos e sociais relacionados ao desenvolvimento do país, conhecidos como Grupo de Itatiaia. Criaram o IBESP, fizeram publicações no caderno do nosso tempo. O populismo é uma política de massa, que surgiu como representante dos proletariados na sociedade moderna que não possuíam consciência política e sentimento de classe e sem noção da exploração que viviam. Só as superações