Metade Sul e Metade Norte do Rs
A economia gaúcha vem demonstrando grandes diferenças regionais tanto em termos sociais como em termos econômicos. No contexto das desigualdades regionais, a Metade Sul apresenta uma situação única no Estado, onde as estruturas produtivas são totalmente diferentes da Metade Norte do Rio Grande do Sul. A principal característica para essa discrepância foi à constatação do latifúndio, do pouco empreendedorismo e do conservadorismo dos capitalistas da região Sul, onde se somam a baixa densidade demográfica, o mercado limitado e a inexistência de economias de aglomeração, fatores que contribuem fortemente para essa estagnação. Atualmente, essa região vem sendo imposta em programas de desenvolvimento regional. A Metade Sul caracterizou-se por ter diversos centros urbanos, sem relações comercias, com população basicamente rural, sendo a base da sua economia o charque, a criação de muares (animais para carga pesada e com boa resistência) e a lavoura de arroz. Por meio do charque, a região manteve relações comerciais com as demais regiões do Brasil. Seus principais produtores eram Pelotas e Rio Grande. A partir do final do século XIX, com a crise da pecuária, as charqueadas entraram em declínio, ajudando a Metade Sul cair economicamente. A pouca presença de outras atividades não relacionadas à agropecuária e a existência de latifúndios improdutivos contribuíram em peso para a Metade Sul ir perdendo espaço na economia gaúcha e começar a apresentar baixo crescimento econômico. Enquanto isso, na Metade Norte, o desenvolvimento foi baseado em ideais capitalistas, interligação aos centros comercias de Porto Alegre e Caxias e o desenvolvimento das pequenas propriedades rurais e a agricultura voltada para subsistência, o que proporcionou um maior crescimento e desenvolvimento nessa região. Dois fatores que favoreceram seu crescimento foi o fato de terem uma produção diversificada e lavouras mecanizadas. O desenvolvimento