Moda e subjetividade
CORPO, ROUPA E APARÊNCIA EM TEMPOS LIGEIROS
A subjetividade do homem é como ele se expressa de forma emocional com o mundo de alguma forma, e quando ele usa a moda para expressar o seu interior, ele pode representar diversas personalidades, estilos e até mesmo identidades.
A subjetividade pode ser mutante assim como a moda e os acontecimentos e sistemas culturais ao nosso redor. Surgem aí as identidades híbridas num mundo onde as informações estão girando cada vez mais depressa e são acessíveis às pessoas de todas as classes sociais e faixas etárias.
A moda sempre impôs padrões, mas atualmente, estas manifestações estão cada dia mais aceleradas e diversificadas, onde o corpo é usado para demarcar posição social e status. Há uma verdadeira batalha em busca de atenção, admiração, aprovação e adequação aos padrões impostos pela mídia e por uma sociedade narcisista.
A imagem pessoal pode revelar muitas faces de uma pessoa, de acordo com
Maria Dolores de Brito Mota: “Se vista e diga-me quem és”, o vestir pode representar muitas características de um indivíduo, visto que a moda exprime comunicação entre os indivíduos e isto permite uma pré-distinção entre grupos sociais e pessoas.
Diante da rapidez nessas mudanças, muitas personalidades podem surgir de uma mesma pessoa, muita confusão de estilos, identidades contraditórias, erros, exageros, consumismo desenfreado e a busca incessante por aceitação, aprovação, exclusividade, ostentação. Mas como conseguir essa singularidade com a velocidade das mudanças que temos ao nosso redor? O indivíduo é levado a mostrar seu “eu”, porém de uma forma idealizada. Segundo Simmel: “a arena por excelência dos indivíduos, os quais não são autônomos no seu íntimo e no seu conteúdo pessoal e necessitam da aprovação social, ao mesmo tempo que sua auto-estima exige distinção, atenção e o sentimento de ser algo especial” (op. Cit, p. 163).
Antigamente as pessoas se distinguiam pela vestimenta ou