Fale do estudo como inquietação:
Quem estuda sente-se desafiado pelo texto como um todo objetivando apropriar-se de sua profunda significação.
Um texto bem estudado significa adquirir uma visão global, voltando-se a ele para delimitar as dimensões parciais. Por meio do exercício de delimitar os núcleos centrais de um texto, o leitor crítico irá surpreendendo todo um conjunto temático. Assim o leitor pode ser despertado por um trecho que lhe provoca muitas reflexões em torno de uma temática. Com a possível relação entre o trecho lido e sua preocupação, é o caso de fixar-se na análise do texto, e buscar o sentido entre seu conteúdo e o objetivo de estudo sobre qual se encontra trabalhando.
O estudo sério implica numa penetração crítica em seu conteúdo básico, numa permanente inquietação intelectual, num estado de predisposição e busca.
O ato de estudar demanda humildade:
Se o estudante assume uma posição humilde, coerente com a atitude crítica, não se sente diminuído diante de dificuldade, para penetrar na significação mais profunda do texto, percebe a necessidade de melhor instrumentar-se para voltar ao texto em condições de entendê-lo. A compreensão de um texto exige trabalho paciente. Não se mede o estudo pela quantidade de páginas ou livros lidos. Estudar não é um ato de consumir idéias, mas de criá-las e recriá-las. Uma atitude crítica diante de um estudo é a mesma que se deve tomar diante do mundo, da realidade, da existência.
2. O que é Educação Bancária?
"A educação bancária tem por finalidade manter a divisão entre os que sabem e os que não sabem, entre os oprimidos e opressores. Ela nega a dialogicidade, ao passo que a educação problematizadora funda-se justamente na relação dialógico-dialética entre educador e educando; ambos aprendem juntos"
Paulo Freire define como "bancária" a pedagogia burguesa,