Hiperatividade
É cada vez maior o número de pais que procuram tratamento para o filho com comportamentos inadequados que se assemelham aos característicos do Transtorno de Deficit de Atenção/ Hiperatividade TDAH, relacionados a inatenção, hiperatividade e impulsividade, mas que nem sempre correspondem ao transtorno. Este trabalho teve como objetivo analisar as queixas clínicas dos aspectos comportamentais que caracterizam o TDAH em crianças e adolescentes, através da pesquisa documental. Participaram da análise, 17 casos com queixa de pais e professores sobre os comportamentos apresentados pelas crianças em fase escolar fundamental. As queixas nomeadas de maior incidência e impacto foram: “falta de atenção” (28%) e “agitação” (21%). Nomeações como “problemas de comportamento” (9%), “impulsividade” (5%), “impaciência” (5%), “nervosismo” (2%), “rebeldia” (2%), sugeriram comportamentos coexistentes de uma mesma categoria relacionada à inabilidade social (24%). Outras queixas apareceram relacionadas às dificuldades na aprendizagem (7%). Complementando o estudo com pareceres interdisciplinares, neurológico, psicológico e pedagógico, observou-se que foi atribuído diagnóstico de TDAH somente a três casos, correspondendo a 17% da amostra. O estudo concluiu que as queixas dos pais e professores tiveram correlação sem significância estatística, quanti e qualitativa com os sinais sugestivos de TDAH.
Palavras-chave: Transtorno, inatenção, impulsividade, hiperatividade, comportamento, criança
INTRODUÇÃO
Nos dias atuais, o termo hiperatividade é corriqueiramente usado por pais e professores para caracterizar o comportamento agitado da criança, podendo ser confundido com outros transtornos ou mesmo com uma fase de desenvolvimento, mais ativa, pela qual a criança está passando. Por falta de diagnóstico adequado e emprego de avaliações multifatoriais clínicas, médica, psicológica e