Linguagem e perspectivas

Não é possível uma explicação puramente funcional para a emergência da representação (nomeação)?
As conseqüências da nomeação são pequenas singularmente mas quando colocadas no social podem sustentar grande parte do comportamento, sendo assim, a criança quando começa a nomear é comum que ela não espere o outro ensiná-la, ela por si só começa a perguntar “o que é isso”, uma vez que a nomeação passa a fazer parte do repertório da criança, o vocabulário desta começa a se expandir. A aprendizagem se dá segundo a regra da abstração.
A função na psicologia é adaptação, quando a criança começa a falar muitas vezes ela começa a produzir padrões que nunca foram aprendidos. A nomeação não pode ser funcional (adaptação), pois a função só pode ser aprendida através da formação de hábitos ou condicionamento operante., como por exemplo, o experimento com o pombo. A criança não aprende a falar como o pombo aprendeu que amarelo=amarelo e que A=A, A criança aprende o padrão das coisas de uma só vez, sua aprendizagem é estrutural e não funcional. Ela tira a palavra da regra, como no exemplo, "gosto-gosti". a aprendizagem da linguagem só pode ser explicada pelo viés da estrutura e não da função. Necessita-se assim de uma teoria do desenvolvimento que comporte a ideia de transformações estruturais.

A teoria de Piaget se apresenta como uma solução funcional/estrutural para esclarecer o surgimento do pensamento e da linguagem:

Piaget aprofundou seus estudos nas crianças por acreditar que são elas quem mais constroem conhecimento. A inteligência deve ser definida enquanto função ( os processos de inteligência tem a finalidade do sujeito sobreviver, mudar para adaptar-se ao meio) e enquanto estrutura (a inteligência; é uma organização de processos que permitem um nível de conhecimento, complexo ou inferior, dependendo da organização) O crescimento da inteligência se da tanto por acumulo de informações, mas sobretudo, crescer é reorganizar a própria inteligência, o que significa