Linguagem e educação na perspectiva Vygotskyana

Breve Histórico

Lev Semionovitch Vygotsky, bielo-russo, nasceu em 1896 e foi professor e pesquisador nas áreas de psicologia, pedagogia, filosofia, literatura, deficiência física e mental, atuando em diversas instituições de ensino e pesquisa. Embora tenha morrido ainda jovem, aos 37 anos, sua produção escrita foi vasta, tanto em número quanto em abrangência disciplinar. Sua formação interdisciplinar permitiu a escrita de aproximadamente 300 trabalhos científicos, cujos temas vão desde a neuropsicologia até a crítica literária, psicologia, educação e questões teóricas e metodológicas relativas às ciências humanas. Influenciado por sua mãe, Cecília Moiseevna, Vygotsky aprendeu desde cedo vários idiomas e a apreciar poesia. Seu interesse por literatura está presente em sua obra acadêmica. Ao longo de seus textos, Vygotsky extrai citações de obras literárias de conhecidos escritores como Tolstoi, Dostoievski, Cita Puchkin, entre outros, a fim de exemplificar ou aprofundar questões de que está tratando teoricamente. Vygotsky também nutria um grande interesse por teatro e este interesse o motivou a elaborar uma análise de Hamlet, de Shakespeare, que foi incorporada a seu livro Psicologia da Arte, publicado na Rússia em 1968. No período de 1918 a 1924, Vygotsky, além de escrever críticas literárias e resenhas sobre peças teatrais, lecionou e apresentou palestras sobre temas ligados a literatura, ciência e psiclogia. Em 1922, publicou um estudo sobre os métodos de ensino de literatura nas escolas secundárias. O ano de 1924 apresenta um marco em sua carreira profissional e intelectual, pois nessa época, ele passou a se dedicar mais à psicologia destacando-se na história da psicologia soviética ao lado de destacados pesquisadores como Aleksandr Romanovitch Luria e Aleksei Nikolaievitch Leontiev. A partir de uma perspectiva materialista histórico-dialética, Vygotsky e seu grupo de pesquisa na Universidade de Moscou discutiam as formas sobre o desenvolvimento