inveja nas organizações
A inveja faz parte de nosso cotidiano e sempre foi vista como um sentimento destrutivo, podendo ser a causa de fracassos profissionais. Não há como negar sua inexistência nas organizações. O padre Jesus Hortal (2002) disse que a inveja é chamada de pecado destruidor por que não se conforma com possuir mais ou melhor. Gostaria, sim, de destruir o que o outro possui. Por isso mesmo acaba destruindo o próprio invejoso, corroendo o seu coração com o desgosto de contemplar o bem próximo.
O conceito inveja foi muito reprimido nas Ciências Sociais e na filosofia moral desde o começo do século XX, provavelmente pela dificuldade de admitir sua existência. A tese é importante, pois há crimes. E há motivações que levam o indivíduo a fazer o impossível para não ser invejado.
COMO A INVEJA SE MANIFESTA?
A inveja pode ocorrer de várias formas, dependendo de como é vivenciada pelos indivíduos, ou seja, do episódio emocional que incluiu circunstancias que levaram àquela emoção ou sequencia de emoções percebidas. Neste sentido, as pessoas podem ser consideradas invejosas pela percepção dos outros, ações motivadas por inveja. Segundo o autor do livro, “Não se pode evitar a inveja por que seria uma intervenção contra a emoção estrutural do ser humano. O que se pode fazer é operar com aquela porção de indivíduos a quem o sentimento lhe excede e se converte em ações concretas capazes de prejudicar a outros, que apesar de inocentes num certo sentido são capazes de disparar estas emoções malignas”.
A INVEJA NA SOCIEDADE E NA CULTURA BRASILEIRA
A inveja tem a ver com os valores da cultura ocidental e da civilização judaico-cristã. A cultura do mundo moderno não dá espaço para o fracasso, sendo assim o sucesso sinônimo de status, de boa condição econômica e social. E essas manifestações aparecem nas mais diferentes culturas nacionais e organizacionais, obrigando a buscar uma técnica para mediação da diversidade