formação de gelo
Os eventos ocorrem durante todos os meses do ano e parte significativa dos eventos tem intensidade moderada ou severa. Apenas 28% dos reportes ocorreram em nuvens estratiformes, mas foram responsáveis pela maioria dos casos severos. A avaliação da temperatura média do topo das nuvens mostrou que 80% dos casos de formação de gelo em aeronaves tinham temperatura entre -2ºC e -20ºC e a maior fração dos eventos ocorreu acima de 4000 metros.
A FGA oferece maior risco às aeronaves de baixo e médio desempenho, que frequentemente voam dentro de nuvens, em IMC. Essas aeronaves geralmente operam em baixas e médias altitudes, onde a presença de água líquida super-resfriada, na forma de nuvens ou precipitação, é mais frequente.
No Brasil, nas Regiões de Informação de Voo de Curitiba e Brasília estão localizados os setores de tráfego com maior movimentação aérea, onde a frequência de sistemas meteorológicos tais como frentes frias, frentes quentes, linhas de instabilidade e sistemas convectivos organizados favorecem a presença das condições meteorológicas necessárias para a ocorrência dos eventos de formação de gelo em aeronaves.
Conforme estabelecido pela Organização da Aviação Civil Internacional (OACI), os provedores de informações meteorológicas com fins aeronáuticos devem diagnosticar e prognosticar áreas com potencial para FGA, de modo que seja garantida a economia, eficiência, e principalmente, a segurança das operações aéreas.
No Brasil, o Sistema de Controle do Espaço Aéreo (SISCEAB), do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), por intermédio de seus centros meteorológicos aeronáuticos, tem a missão de prover informações, observadas ou previstas,