escolanovismo
Devido uma grande necessidade de mudanças na educação, os educadores escolanovistas esforçaram-se para desenvolver uma crítica, à Escola Tradicional e, a partir dela, alterar a organização da Escola. Não no sentido de superá-la e sim reformá-la para atender às necessidades do indivíduo e, assim, não puderam ir além da antítese da Escola Tradicional. As mudanças promovidas pelos escolanovistas restringiram-se, entre elas à disposição dos alunos na sala de aula, ao modo de ministrar as aulas e à escolha dos tópicos a serem ensinados. No Brasil, iniciou-se na década de trinta do século XX, e demorou a se difundir a idéia, até o início dos anos setenta as carteiras escolares eram quase sempre fixas e conjugadas, ou seja, o assento de uma carteira servia de suporte para a mesa de trabalho da seguinte, assim os alunos só podiam permanecer em fila e olhando para a frente, onde estavam os dois elementos mais importantes da sala de aula, o professor e a lousa. Essas carteiras foram substituídas pelas atuais que são individuais (para indivíduos) e móveis. Seu ponto fraco é que tende a reduzir-se à soma dos indivíduos assim o trabalho escolar resultante deste processo é, quase sempre, a soma das atividades individuais desenvolvidas por cada aluno. É comum encontrar no Brasil, principalmente no ensino superior, os "seminários" ministrados pelos próprios alunos onde cada um expõe um tópico do assunto a ser tratado, logo, a soma deles exprime a totalidade. Outra cena comum, nessas salas é aquela na qual os alunos permanecem sentados em círculo, ouvindo o professor que, geralmente, se coloca de pé no centro do círculo, desenvolvendo uma aula expositiva. O foco da relação pedagógica, que na Escola Tradicional centrava-se no professor e na Escola Nova deslocou-se para a aprendizagem e para o aluno, foi a principal transformação que ocorreu no ambiente escolar na primeira fase do escolanovismo. Esta mudança se fez em nome do respeito à individualidade dos