Direito internacional
Em outros países, revoltas e reformas estão em curso. O caso mais dramático ocorre na Síria, onde a repressão do governo de Bashar al-Assad (há 11 anos na Presidência) estaria promovendo o maior massacre contra opositores do regime desde o começo da “primavera árabe”.
Segundo um relatório da ONU, divulgado no dia 28 de novembro, 3,5 mil pessoas foram assassinadas, incluindo 256 crianças, e mais de 20 mil foram presas. A violência afetaria 3 milhões de pessoas na Síria, que possui 22,5 milhões de habitantes.
O governo estaria impedindo a população de fugir do país, colocando minas terrestres e soldados armados nas fronteiras. O relatório conclui que a Síria cometeu crimes contra a humanidade durante a repressão aos manifestantes, desde março deste ano.
No começo do mês, o governo sírio firmou um acordo com a Liga Árabe para o término da repressão, a libertação de presos políticos e a promoção de reformas políticas. As medidas, contudo, não entraram em vigor, e aumentaram a pressão internacional e as sanções contra o governo de al-Assad.
No Iêmen, uma das nações mais pobres do mundo árabe, o ditador Ali Abdullah Saleh assinou um acordo, em 23 de novembro, que prevê sua renúncia e eleições livres. Saleh, que escapou ferido de um atentado em junho, governa há 33 anos.
A pressão popular também resultou em reformas na Jordânia, anunciadas pelo rei Abdullah 2º. Já no Bahrein, o rei sunita Hamad al Khalifa resiste com violência aos opositores da monarquia. |Direto ao ponto [pic] |
|Há quase um ano, protestos se espalharam por países do Norte da África e do Oriente Médio, |
|governados por monarquias e ditaduras. Os manifestantes pedem reformas políticas e a renúncia |
|de tiranos que detêm o poder há décadas. |
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