Maurice Halbwachs

conferir um sentido (uma direção e uma significação) a existência coletiva e aos destinos individuais” (OST, 2005b, p. 49). A própria memória, a partir desse ponto, deixa de ser uma aquisição puramente individual para tornar-se também coletiva (HALBWACHS, 1990), já que “as histórias de vida estão a tal ponto imbricadas umas nas outras, que a narrativa que cada um faz ou recebe de sua própria vida se torna o seguimento das outras narrativas que são as narrativas dos outros.” (RICOEUR,…

regras tácita ou abertamente aceitas; (...) de natureza ritual ou simbólica, visam inculcar certos valores e normas de comportamento através da repetição, o que implica, automaticamente; uma continuidade em relação ao passado”. Nessa mesma linha, Halbwachs (1990, p.126), ao discutir a questão da memória coletiva a partir da família, afirma que esta “é constituída de um conjunto de relações internas mais numerosas e mais complexas, e mais impessoais também, já que realiza a seu…

os seus têm um valor intangível, pois estão vinculados a sua história de vida, ele os associa à sua memória. Entretanto, a urgência na busca de recursos não permite que Umberto rememore. Entre os que rememoram, os velhos têm um papel relevante. Halbwachs (1990) situa em sentidos diferentes as memórias dos adultos e dos velhos. Os primeiros vivem tão atarefados pelo trabalho, pela disputa por prestígio, que não têm tempo para buscar na infância eventos, que se correlacionem à vida adulta.…

Etno tem uma abrangência significativa e refere-se a grupos culturais identificáveis, inclui memória cultural, códigos e símbolos. A Etnofísica, nesse sentido, requer a apropriação da memória cultural dos educandos, de seus códigos e símbolos. Halbwachs (1950) acredita que cada indivíduo seja um elemento da memória cultural, que por sua vez se constrói em um mosaico desses elementos, de forma que para compreender as referências culturais é preciso compor esse mosaico para, no sentido de Lakatos

como um fenômeno social, construída coletivamente a passível de constantes transformações, o que contraria as hipóteses de que a memória apresenta-se puramente individual” (SCHIMDT, 2000, p. 10). A memória apresenta-se em uma concepção, a partir de HALBWACHS, que forma-se a partir de uma construção coletiva. A memória é uma construção contínua da coletividade e, pode-se dizer, que essa construção coletiva da memória gera a história, ou seja, a partir da memória popular é que se institui…

humano isolado, privado de qualquer relação com seus semelhantes, e que não se apoiasse na experiência social, nem chegaria a saber que deve morrer [....]. É, portanto, uma noção social, estabelecida por comparação com os diversos membros do grupo. (HALBWACHS, 1972, p. 65) Observa-se também que a valorização do idoso é dada por sua família ou meio, de acordo com a construção que este produziu ao longo de sua existência, através das interações sociais que produziu em seu meio,…

Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo, SP: Paz e Terra, 1996 (Coleção Leitura) GLEITMAN, Henry, FRIDLUN, Alan J. e REISBERG, Daniel – Psicologia. Portugal, Lisboa: Fundação Calouste Gubenkian, 2003. HALBWACHS, Maurice – A Memória Coletiva. Trad. Beatriz Sidou. São Paulo, SP: Centauro, 2006 HALL, Susan J.- Biomecânica básica. Barueri, SP: Manole, 2009 LELOUP, Jean-Yves – O corpo e seus símbolos: uma antropologia essencial. Trad. Lise Mary…

adentrou o terreno da sociologia da mente. Porém, assim como fez Norbert Wiley (1995) em suas investigações pioneiras sobre o discurso interior, ela buscou seus aportes no pragmatismo americano (Peirce, James e Mead, em vez de Durkheim, Mauss e Halbwachs, como é o caso com Lahire). No limiar entre sociologia e psicologia, nossos sociólo- gos estão desenvolvendo um novo tipo de psicologia social. Dife- rentemente da psicologia social tradicional, que analisa como os indivíduos se…

pode-se caminhar na direção de Maurice Halbwachs (1990). Halbwachs (1990) é considerado um dos pioneiros nos estudos referentes às memórias sociais, ou memórias coletivas, ao enfatizar o caráter social da memória e estabelecer as diferenças entre história e memória. Para Halbwachs (1990), a memória liga-se à lembrança das vivências e esta (a memória) só existe quando laços afetivos criam o pertencimento ao grupo, e ainda os mantém no presente. Segundo Halbwachs, a condição necessária…

utilizada por cada um deles serviu de modelo para outros pesquisadores. Porém, novas problemáticas são levantadas dando surgimento às escolas contemporâneas. Gabriel Le Bras (1891 – 1970) Seu relacionamento com Marcel Mauss, Célestin Bouglé, Maurice Halbwachs e outros expoentes da escola durkheimiana resultado dessas múltiplas influências foi o aparecimento de uma sociologia religiosa que, diferentemente da sociologia durkheimiana, voltava sua atenção mais para os dados histórico,…