O PAPEL DA AGRESSIVIDADE NO PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM DAS CRIANÇAS
“A agressividade é um elemento legítimo da estrutura e da vivência humana, e que se articula na afetividade de todos nós, sendo natural e necessária para a nossa sobrevivência. Esta agressividade (...) orienta-se no sentido de equilíbrio do organismo com o meio, do homem com o mundo, e este equilíbrio acaba por construir uma aprendizagem constante rumo à socialização e humanização do indivíduo.” CHAGAS, 1999. Isto quer dizer, de acordo com a psicanálise, que a agressividade é própria do ser humano e, ao mesmo tempo, a vida social e a cultura tem a função de controlar impulsos destrutivos durante o processo de socialização. Quando vínculos são estabelecidos entre indivíduos, espera-se que estes passem a internalizar os controles de seus impulsos. Quando esse controle acontece, há um equilíbrio entre as pessoas, a convivência se torna pacífica, onde há a possibilidade de resolução de conflitos com afetividade e harmonia, prevalecendo o respeito e a tolerância. Por isso, deve-se colocar em prática ações que ajudem pessoas a olharem para a realidade de forma crítica, permitindo seu posicionamento diante dela e como consequência, o seu agir. Diante desse contexto, a escola se insere. Ela é o espaço destinado à formação de cidadãos críticos, capazes de conviverem bem em sociedade. O papel da escola é favorecer condições para o desenvolvimento de competências e aprendizagens de conteúdos necessários a nossa realidade no meio em que vivemos. Infelizmente, a violência está invadindo os espaços escolares, causando preocupação a toda comunidade escolar, pois situações conflitantes estão atrapalhando a aprendizagem dos alunos. Vários fatores contribuem para isso, como: fatores sociais, contextos culturais e sistemas morais. Dessa forma, podemos classificar que a violência é um problema social, não uma característica individual. É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral