O caso Dora 1
Paciente: Dora.
Idade: 18 anos.
Caso: Histeria de conversão.
Sintomas: dispnéia crônica, enxaqueca, acesso de tosse que durava de 3 a 5 semanas, perda da voz, depressão, melancolia, apendicite.
Material: se agrupava em dois sonhos - um relato no meio do tratamento e outro no fim.
Duração: aproximadamente três meses.
Obs.: o tratamento não foi levado até o final previsto, tendo sido interrompido pelo desejo da própria paciente.
. Características de Dora:
Aos oito anos de idade Dora começara a mostrar sintomas neuróticos, foi vítima de dispnéia crônica.
Aos doze anos ela começou a sofrer de dores de cabeça semelhante a enxaquecas e de acesso de tosse nervosa.
Esses sintomas desaparecem ao atingir os dezesseis anos de idade.
Era uma jovem de aparência inteligente e atraente.
Dora fôra encaminhada a Freud pela primeira vez aos dezesseis anos, mostrando-se nesta época, insatisfeita consigho mesma e com a família e procurava evitar contatos sociais.
A melancolia e uma alteração de caráter tinham tornado os traços principais de sua doença.
Aos dezoito anos ela volta para tratamento psicoterapêutico com Freud. Neste momento ela apresentava acesso de tosse que duravam de três a cinco semanas e costumava ter perda completa da voz.
Dora era efetivamente muito ligada ao pai e suas relações com a mãe eram inamistosas. Ela tratava a mãe com superioridade e costumava criticá-la.
Dora teve, desde cedo, conhecimento sobre assuntos sexuais.
. O círculo familiar de Dora:
Seu círculo familiar era composto por seus pais e um irmão um ano e meio mais velho do que ela.
O pai de Dora era a figura dominante desse círculo, dada a sua inteligência e seu caráter.
Era um grande industrial que beirava os cinquenta anos de idade.
Ele também apresentava problemas de saúde. Ficara tuberculoso quando Dora tinha seis anos, sofrera um deslocamento da retina quando ela tinha dez anos e dois anos mais tarde ele apresentou sintomas de