Resenha O Caso Dora
Dora era o pseudônimo de uma jovem histérica de 18 anos atendida por Freud em 1900. Seu atendimento durou apenas 3 meses, entre outubro e dezembro.
O pai da moça cedeu todas as informações sobre o caso, já que, na realidade, os pacientes não conseguem fornecer relatos sobre si mesmos, pois uma grande parte do conhecimento amnésico que o paciente dispõe em outras situações não lhe ocorre quando ele narra a sua versão da história.
A família de Dora era composta pelo pai, sua mãe e seu irmão mais velho. Seu pai era um membro dominante no círculo familiar e Dora era muito apegada a ele. O homem padecia de muitas doenças, desde que Dora tinha 6 anos, o que fazia aumentar sua ternura por ele. Quando Freud começou o tratamento, o pai já beirava 50 anos de idade e nessa época ficara tuberculoso, ocasionando a mudança da família para outra cidade.
Quando Dora completou 10 anos, seu pai teve um descolamento de retina que abalou sua visão e, com isso, precisou submeter-se a um tratamento em um quarto escuro. Dois anos depois ocorreu uma doença mais grave, que consistiu em uma crise confusional, seguida de paralisia e perturbações psíquicas. Conforme melhorava, o pai de Dora viajava pra Viena, onde consultava-se com Freud.
Quatro anos depois, o pai de Dora apresentou essa intervenção à sua filha, pois, nesse meio tempo, ela ficara neurótica.
Em Viena, Freud teve a oportunidade de conhecer a irmã do pai de Dora, que tinha uma grave psiconeurose e um tio de Dora que era um solteirão hipocondríaco. Freud não conheceu a mãe de Dora, porém sabia que ela era neurótica-obsessiva.
Aos oito anos de idade, Dora começou a apresentar sintomas neuróticos e sofrer de dispnéia crônica. E aos 12 anos sofria de dores de cabeça e acessos de tosses nervosas.
Quando fez 18 anos, entrou em tratamento com Freud onde tossia de forma característica e tinha perda complicada da voz.
Os principais traços de sua doença eram: desânimo e alteração de caráter. Ela