Fichamento Caso Dora- Freud
1. O CASO CLÍNICO
Paciente de 18 anos.
Círculo Familiar: Dora, seus pais, irmão de um ano e meio mais velho.
Pai: pessoa dominante do círculo, tinha 50 e poucos anos, situação econômica cômoda- Suporte para a história infantil e patológica da paciente.
Dora era muito apegada ao pai, (1) também devido às várias doenças que o acometeram desde que ela tinha 6 anos de idade.
Quando o pai teve tuberculose, mudara-se para uma cidadezinha de clima propício. Quando ele melhorou, costumava ausentar-se temporariamente para visitar suas fábricas.
O pai teve problema na retina quando ela tinha 10 anos e teve que ficar num quarto escuro. A consequência foi a redução permanente da visão.
Após dois anos ocorreu a doença mais grave, que consistiu numa crise confusional, com sintomas de paralisia e ligeiras perturbações psíquicas. Um amigo o levou a consultar com Freud, que receitou-lhe um tratamento ao qual cederam todos os sintomas que ainda persistiam.
Quatro anos depois, Dora foi encaminhada para Freud pelo pai, pois ela tinha ficado neurótica. Dois anos mais tarde, ela retornou para tratamento psicoterápico.
As simpatias da moça sempre penderam para o lado paterno da família e depois de adoecer ela tomou como exemplo a tia, irmã mais velha que o pai e que tinha uma forma grave de psiconeurose, sem sintomas histéricos e que morreu sem que seus sintomas fossem totalmente esclarecidos. A mãe apresentava uma quadro de “ psicose da dona de casa”, não se interessava pelos filhos e passava o dia todo mantendo a casa limpa. Dora menosprezava a mãe, criticava-a o tempo todo. (8)
Freud coloca a predisposição hereditária como uma das causas da histeria, são esses os estados patológicos da mãe e sífilis do pai.
Dora passou a sofrer de uma dispneia crônica com acessos ocasionais muito mais agudos. (3)
Aos doze anos começou a sofrer de dores de cabeça unilaterais do tipo de enxaquecas e acessos de tosse nervosa. (3) A enxaqueca tornou-se mais rara e aos 16