A judicialização do estado brasileiro
Da Revolução Francesa, 1789, a mais ou menos a queda do mudo de Berlim, 1989, a sociedade tinha como sonho alcançar: a igualdade, no sentido de que todos os indivíduos são iguais e que por isso podem se tratar de forma igual; a liberdade, como a liberdade de imprensa, de vestimenta, de crença, da ciência, sexual etc; e o desejo de se atingir a fraternidade, se acreditava que diferentes pessoas poderiam conviver e formar conjuntamente o bem comum. Foi desse último sonho, principalmente, que se fundaram as ideias de república, partido político.
Esses já não são mais os sonhos modernos, a sociedade não quer mais uma igualdade plena, mas sim um bem-estar, ou seja, desejam que as outras pessoas tenham condições de consumo mínimas para suprir sua subsistência e sobrevivência; não buscam mais um civilismo (fraternidade), mas sim a concretização mínima do direito a vida, além disso, preferem lutar pela sustentabilidade e não pela liberdade de forma mais concreta, por exemplo, não mais se luta pelo direito de liberdade de culto, de orientação sexual de um modo amplo, apenas se luta pela liberdade da sua religião e da sua orientação sexual ser protegida. A sociedade passou a cultuar o hedonismo, o egoísmo, o individualismo, o isolamento para se atingir a felicidade, a pessoa deve-se se importar apenas com si mesmo e não com as mazelas que suas ações trazem para as outras pessoas de sociedade.
No Brasil vem ocorrendo um processo de desqualificação da política, principalmente no que concerne ao Poder Legislativo. Não mais se acredita que os políticos representem a vontade geral, mas sim seus interesses individuais e daqueles que financiaram suas campanhas. Os políticos passaram a ser considerados pela