A introdução de um estudo sobre o poder
A introdução de um estudo sobre o poder, que choque suas possíveis definições ao longo do pensamento político – de Aristóteles, Maquiavel, Hobbes, Locke – e permita demonstrar sua evolução e comparando-os com as modernas acepções , não pode jamais deixar de ressaltar a importância de tal conceito no desenvolvimento das ciências políticas e sociológicas.Do que se entende por filosofia política, desde os textos clássicos da tipologia das formas ideais e corrompidas de governo (onde a definição perpassa sobre quem ou que classe concentra o poder e se o aplica visando os próprios interesses ou os comuns), passando pelas reflexões sobre em quê se funda a legitimidade poder político (como no caso dos jus naturalistas ser o contrato), até os estudos sobre a realidade do fazer político (onde como em Maquiavel evidencia-se o caráter coercitivo típico das relações de poder) tal conceito foi constantemente trabalhado e importante mesmo que sem o rigor contemporâneo de determinação e especificação máxima de seu conceito.Não que isso queira dizer que os antigos como
Hobbes não se esforçaram com êxito nesse sentido, mas como demonstra Chazel no ultimo século realmente esforços para operacionalizá-lo e diferenciá-lo acompanharam com fervor, de complementações de definições à busca por algo específico que o caracteriza-se, o desenvolvimento da ciência política.Um exemplo disso é o texto de
Dahl, onde se percebe os saltos qualitativos que uma definição especificada, no caso a relação entre poder e influencia – e suas variedades potenciais, reais, passadas e futuras
– e uma metodologia bem determinada implicam na capacidade objetiva de análise política.O fato importante nessa esforço de definição sem dúvida é que por mais que esses em muitas coisas se antagonizem e se aborde por vezes as feições mais substanciais e estruturais do poder, como os recursos que concentra, ou por vezes seu caráter mais relacional, do poder