A cidade antiga
A Cidade Antiga
Fustel de Coulanges
Em “A Cidade Antiga” de Fustel de Coulanges, como o próprio prefácio expõem, o autor buscou “demonstrar os princípios e regras que governaram as sociedades grega e romana” por acreditar que estas possuíam a origem de suas instituições comuns, e que atravessaram uma série de revoluções semelhantes. Além de que, para ele, a Grécia e Roma “apresentam-se-nos com um caráter absolutamente inimitável” divergindo de tudo que é moderno, pois a forma de pensar do homem não é a mesma que há vinte e cinco séculos, e é por isso e que as instituições sociais não são originadas e governadas como outrora.
O autor faz a divisão da obra em cinco livros, onde cada livro é subdividido em capítulos. A divisão do livro é dada da seguinte forma: o primeiro livro se chama “Crenças Antigas”, o segundo “A Família”, o terceiro “A cidade”, o quarto “As revoluções” e o quinto “Desaparece o regime municipal”. Em continuidade ao proposto em sala de aula, faremos alguns apontamentos, de forma resumida, apenas do livro terceiro – “A Cidade”.
Livro Terceiro – A Cidade
Capítulo I: A Fratria e a Cúria. A tribo
Cada família tinha seus deuses, o homem não concebia nem adorava senão uma divindade domestica. A religião doméstica proibia que duas famílias se unissem e confundirem-se. Mas era possível que várias famílias se unissem para celebração de um culto que lhes fosse comum, daí surgi a fatria na língua grega e cúria na latina.
Toda fratria e cúria possuíam seu altar e seus deuses protetores, culto religiosos que conservavam sua peculiaridade. Seus banquetes fúnebres, orações. Para se tornar parte de uma fratria, era indispensável ter nascido do casamento entre as pessoas que a compunham, a sua admissão na fratria se fazia através de ato religioso, e passava a ter um vínculo indissolúvel.
A tribo promulgava seus decretos, possuía um