Cidade Antiga
Curso: Direito Noturno – 1ª fase
Disciplina: História do Direito
Acadêmica: Mariellen Medeiros Stefenon
Prof. Luiz Carlos Regis
FICHAMENTO DO LIVRO: A CIDADE ANTIGA
Em sua obra, Coulanges estuda a evolução política e social das antigas Grécia e Roma, dando destaque às crenças religiosas e seu papel como causa do processo evolutivo ocorrido nessas sociedades ao longo dos anos. O autor ressalta a importância de um estudo minucioso dessas crenças, que hoje podem até parecer impossíveis e ridículas, mas que tiveram grande influência na formação das leis e instituições dessas sociedades. Foram essas crenças que deram lugar às normas de conduta. Eis aí as crenças muito antigas e que se nos apresentam como falsas e ridículas. No entanto, exerceram o seu domínio sobre o homem por grande número de gerações. Governaram as almas; e veremos dentro em pouco, como regeram as sociedades e como a maior parte das instituições domésticas e sociais dos antigos aí tiveram suas origens. (p. 21). Dedica-se o livro primeiro da obra para tratar das crenças antigas, centralizada toda no culto aos mortos, religião que parece ter sido a mais antiga entre os homens. Naquele tempo, a morte seria uma passagem, alma e corpo não se separariam, cada morto seria um deus, por isso, temia-se mais a privação de sepultura do que a própria morte. Era dever dos vivos, então, zelar pela felicidade do morto, trazendo-o bebida e alimentos. “Foi talvez diante da morte que o homem, pela primeira vez, teve a ideia do sobrenatural e quis abarcar mais do que seus olhos humanos podiam lhe mostrar” (p. 26). Ao adorar os mortos, o homem passou a acreditar em coisas que transcendiam. A morte foi seu primeiro grande mistério e elevou seu pensamento do visível ao invisível, do transitório para o eterno, do humano ao divino. Toda casa de grego ou romano possuía um altar com cinzas e brasas. Era obrigação do dono da casa manter a